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É fruto dos padrões rígidos do perfeccionismo.
O receio da desaprovação advém de uma reação emocional desproporcional e de padrões moralizantes conosco mesmos. Ambas são decorrentes da atitude infantil ou/ou, que vê o mundo como bom ou mau.
A desaprovação tem ressonância em nós porque lá no fundo sabemos que, não importa quão infundada ela seja, nós mesmos nos criticamos por não ter a coragem de ajudar o amadurecimento da nossa criança interior. Recebemos, então, a crítica como algo definitivo. Uma única falha faz-nos sentir maus, incorrigíveis e aniquilados. Não somos sequer capazes de aceitar críticas construtivas ou as aceitamos apenas exteriormente.
A reação à crítica é uma defesa contra algo que não queremos encarar pelos mais diversos motivos. A crítica em si mesma não é tão prejudicial quando estamos conscientes de que os outros não vão nos amar menos porque temos falhas e nos propomos a encará-las.
Na medida em que focalizarmos nosso processo de maturação, e perdermos todos os aspectos negativos da criança, ganharemos estatura, segurança, e conceitos definidos e realistas nos quais confiaremos em um nível profundo. Ao ganhar esse respeito próprio nós nos tornaremos cada vez menos dependentes da aprovação alheia.
Quando estamos em realidade sabemos que a crítica não é toda a verdade sobre nós mesmos, e que ela não nos torna totalmente maus ou errados. A pessoa madura aceita a crítica de forma descontraída, ouvindo-a calmamente e avaliando se há algo de verdadeiro nela.