Medo da crítica
Recomende:

É fruto dos padrões rígidos do perfeccionismo.

O receio da desaprovação advém de uma reação emocional desproporcional e de padrões moralizantes conosco mesmos. Ambas são decorrentes da atitude infantil ou/ou, que vê o mundo como bom ou mau.

A desaprovação tem ressonância em nós porque lá no fundo sabemos que, não importa quão infundada ela seja, nós mesmos nos criticamos por não ter a coragem de ajudar o amadurecimento da nossa criança interior. Recebemos, então, a crítica como algo definitivo. Uma única falha faz-nos sentir maus, incorrigíveis e aniquilados. Não somos sequer capazes de aceitar críticas construtivas ou as aceitamos apenas exteriormente.

A reação à crítica é uma defesa contra algo que não queremos encarar pelos mais diversos motivos. A crítica em si mesma não é tão prejudicial quando estamos conscientes de que os outros não vão nos amar menos porque temos falhas e nos propomos a encará-las.

Na medida em que focalizarmos nosso processo de maturação, e perdermos todos os aspectos negativos da criança, ganharemos estatura, segurança, e conceitos definidos e realistas nos quais confiaremos em um nível profundo. Ao ganhar esse respeito próprio nós nos tornaremos cada vez menos dependentes da aprovação alheia.

Quando estamos em realidade sabemos que a crítica não é toda a verdade sobre nós mesmos, e que ela não nos torna totalmente maus ou errados. A pessoa madura aceita a crítica de forma descontraída, ouvindo-a calmamente e avaliando se há algo de verdadeiro nela.

Palestras: 071, 090, 094, 101

071: REALIDADE E ILUSÃO
090: MORALIZAÇÃO - REAÇÕES DESPROPORCIONAIS - NECESSIDADES
094: O EU VERDADEIRO VERSUS OS NÍVEIS SUPERFICIAIS DA PERSONALIDADE; PECADO E NEUROSE; CONCEITOS DIVIDIDOS QUE GERAM CONFUSÃO
101: A DEFESA

ABC

Sentença do Guia “Qualquer coisa que não seja reconhecida no homem e que está em desacordo com as leis espirituais é como um bloqueio que nós não conseguimos penetrar. Toda opinião obstinada é um desses bloqueios.” P. 008