É atitude interna que cultivamos em nossa mente. Em estado desarmonioso, funciona de forma inadequada, ineficaz e até destrutiva.

É importante para toda pessoa em crescimento descobrir a sutil interação entre atividade e receptividade mental, no devido equilíbrio. Como não existe regra sobre exatamente quando e como passar de uma à outra, a maneira de fazê-lo deve ser encontrada no próprio ritmo e realidade interior de cada um, para que se perceba quando e como cada uma delas se expressa, quando predomina uma ou outra, o que as diferentes fases de crescimento exigem, a cada momento. Isso passa a ser cada vez mais espontâneo e automático à medida que o eu se desenvolve e se integra ao ego.

Os dois princípios ou forças têm alguns denominadores comuns: um deles é a alternação de tensão e descontração, de firmeza e suavidade, que, quando apropriada, constitui a pulsação do universo, sua respiração.

A interação correta desses dois princípios do ponto de vista da atividade mental pode ser descrita como segue: o ego exterior, intencional e consciente, com sua força de vontade, precisa se comportar de maneira firme, porém descontraída. É preciso não ceder ao inconsciente resistente e destrutivo, e também é preciso não pressioná-lo com angústia, empurrá-lo e coagi-lo com impaciência.

As faculdades do ego, que têm acesso direto à força de vontade e seu efeito imediato, precisam estar alertas para reconhecer os sinais do inconsciente, onde estão e o que expressam indiretamente, e, finalmente, por que se retraem de modo a impedir a felicidade e o desenvolvimento. Para esse reconhecimento, é preciso que a mente esteja calma, observadora, que aceite o que acontece no presente, e que incentive o inconsciente a se expressar. Depois que isso acontecer, e ele vier à tona com toda a sua falta de racionalidade, sua direção pode ser alterada com muita naturalidade e a obstrução vai desaparecer. Sempre que existe um predomínio distorcido, é exatamente porque o outro também existe, talvez de maneira menos perceptível.