É a expressão do nada que vai sendo preenchido pela Centelha Divina. Nela está a absoluta Realidade Divina, compreendendo tudo que é consciente, a mais poderosa energia criadora, a sabedoria e o amor.

O desejo do Criador divino leva a Centelha do todo, em sua infinidade e eternidade, a gradativamente e inexoravelmente ocupar o vácuo. No processo de espalhamento, partículas dessa Centelha Divina, parecem perder-se e "esquecer" a origem da sua completude e relacionamento.

Essas partículas acreditam ser pontos isolados de consciência, atirados na escuridão exterior e lutando para não ser tragados por ela. Essa luta é uma ilusão. O ponto aparentemente isolado não está realmente isolado. A ligação sempre existe, mas no processo de penetração, a vida e o todo que avança e se espalha é parcialmente diminuído. Nesse estado diminuído existem "momentos" em que a escuridão exterior parece mais próxima e mais real que a vida interior da Centelha.

O vácuo exterior não é mau. O mal emerge quando as partículas da Centelha Divina perdem a sua memória e, não tendo ainda recobrado o seu conhecimento acerca da sua conexão, lutam contra o vácuo. A luta feroz contra abrir mão do ser, da existência, da vida, distorce a realidade e a energia divinas, criando um estado temporário chamado mal.

O todo sempre em crescimento da Centelha alcança o aspecto que se moveu adiante de forma reduzida e com ele se une. Toda a natureza, com as suas variadas formas de vida, é parte dessa grande onda em lento avanço que preenche as regiões exteriores. A nossa vida, a nossa luta e o nosso desenvolvimento, devem ser vistos sob esta luz. Enquanto trazemos a verdade e a divindade para o interior de todo o nosso ser ganhamos consciência. A Centelha em nós esforça-se para penetrar as regiões exteriores.

Quanto mais a vida na Terra progride em espiritualidade, justiça, amor, verdade e unidade, mais a Centelha Divina, realiza o seu processo criativo.