Vulnerabilidade
Recomende:

É uma característica do centro interior do homem, que ativa nele tudo o que ele precisa para viver de maneira produtiva.

Esse centro vital lhe fornece energia, força vital, sabedoria, visão, soluções, amor e harmonia e existe bem no âmago de cada pessoa. Num jovem, numa criança, ele se manifesta como um ponto tenro, brando, muito vulnerável. Sem o entendimento adulto e realista – isto é, sem um ego maduro – a criança não consegue lidar com esse centro vital brando e maleável, que contém as mais potentes, criativas e inteligentes forças. Para sua própria proteção, ela separa o centro vital da consciência. No entanto, quando a criança se transforma em adulto, quando o ego amadurece, essa separação se torna uma desvantagem lamentável. A pessoa passa a ter uma vida mutilada, deixando de fora o aspecto melhor e mais confiável de seu ser.

Podemos averiguar a existência desse centro vital desguarnecido e vulnerável não apenas nos lembrando da infância, com suas fortes emoções e experiências profundas (positivas e negativas), mas também quando observamos a nós mesmos nos momentos em que esse ponto vulnerável apareceu e começamos a torná-lo invulnerável novamente. Ou seja, continuamos a usar o processo instituído na infância e de vários modos: a separação, o retraimento, o endurecimento de nós mesmos; o entorpecimento dos sentimentos; a negação dos sentimentos reais e sua substituição por simulacros; e também a crueldade. Todas essas medidas servem para tornar invulnerável o ponto vulnerável em nós, pois essa parece ser a única forma “segura”.

Deixamos de ver que esse ponto vulnerável é o centro vital do qual provêm toda a energia e sabedoria. Temos medo de revelar-nos e assim ficar vulnerável demais quando toda a “concha” se desprender.

O fato é que ficando mais abertos, mais acessíveis, menos escondidos, surgem novas capacidades de percepção. Esse é um resultado importante que é totalmente ignorado pela personalidade, porque a grande quantidade de escuridão e névoa impedem que se veja a realidade.

Também tememos a vulnerabilidade porque sentiremos a dor aguda pela destruição causada pelo mal. Isso é, no entanto, uma dor saudável que vai se expressar quando fizermos face à destruição propositada da natureza e ao sofrimento dos animais. De qualquer forma, esse medo é uma face da resistência à entrega total a Deus e à confiança na Sua vontade.

É somente quando começarmos a trazer nosso centro interior novamente à tona integrando-o ao ego adulto que a personalidade ficará inteira e capaz de lidar com a vida.

Palestras: 139, 252

139: AMORTECIMENTO DO CENTRO VITAL PELA MÁ INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE
252: SEGREDO E PRIVACIDADE

ABC

Sentença do Guia “Enquanto você simplesmente desejar a sua própria felicidade, portanto não for um elo na corrente, o ego é de fato o centro, mesmo que você não tenha consciência disso.” P.004