O pertencimento a uma determinada raça não é obra do acaso. É fruto da junção entre carma individual e coletivo.

A diversidade na terra significa atrito e hostilidade, o que leva algumas entidades a classificarem as raças em “superiores” e “inferiores”. Para as duas partes envolvidas essa “distinção” envolve um carma, tanto para os que são perseguidos, como para os que perseguem.

Quanto mais se unifica a humanidade, no entanto, maior a possibilidade das diferenças raciais findarem. Estas ainda são necessárias como obstáculos que geram atritos e assim facilitam o crescimento dos indivíduos e grupos.

Alguém também pode se encarnar numa determinada raça, porque espiritualmente, emocionalmente e psicologicamente sente que pertence a esse grupo e, portanto, tem a melhor oportunidade de se desdobrar aí.

Qualquer desvantagem aparente na atração e escolha da raça, credo religioso ou nacionalidade, quando traz sofrimento que é partilhado coletivamente, pode, de fato, significar uma vantagem, no sentido de cura e desenvolvimento espiritual mais rápido.

A ascensão e queda das raças também obedecem a um propósito. O declínio pode ser entendido pelo fato de que algumas das almas aí reunidas, que tenham completado seu desenvolvimento numa esfera específica, não retornem ao mesmo ambiente. Outras voltam de novo em outras civilizações e raças para completarem sua evolução.

As civilizações e raças, que ascendem e declinam, podem ser vistas como pseudossoluções externas ou internas adotadas por determinados grupos e que combinam elementos conflitantes dentro deles.

As imagens raciais, tanto quanto as imagens religiosas e políticas, fazem parte das imagens de massas.

Algumas almas ainda estão muito envolvidas com suas imagens de raça devido a fatores psicológicos pessoais que atuam em conjunto com a imagem de massas. Durante algum tempo, a pessoa não tem disposição para quebrar essa imagem. São necessárias várias encarnações para desfazer a rigidez.

Outras, nascidas na mesma raça ou credo, já estão no ponto de romper com a imagem coletiva, seja porque, em função do desenvolvimento anterior, elas já haviam dissipado até certo ponto a imagem pessoal, seja porque têm diferentes imagens pessoais que são menos dependentes ou não são dependentes da respectiva imagem de massas. Assim, novos itinerários são escolhidos em função dos propósitos de aprendizagem cumpridos e da consequente mudança no sentimento de pertencimento a uma raça ou civilização.