É uma substância infinitamente maleável, assim como a substância da alma pessoal. Elas são do mesmo “material”.

Nada do que já aconteceu, está acontecendo e acontecerá é perdido. Fica automaticamente impresso nessa substância. Ela não mostra apenas o acontecimento puro, ou o simples pensamento, atitude, direção da vontade. Também mostra as mais ocultas motivações, a mais secreta intenção, a proporção exata de sentimentos ambivalentes, os verdadeiros motivos para a tomada de uma decisão, e qual das alternativas ambivalentes a entidade individual ou coletiva escolhe para transformar em ato.

Desta forma, jamais existe escuridão ou confusão. Grande parte das disputas humanas, das dissensões, da dolorosa luta no escuro, dos estados de confusão mental tem por base a percepção única do pretenso nível de consciência mais superficial, que mesmo assim é afetado pelos níveis ocultos de consciência do eu ou dos outros.

Esta clareza de visão elimina totalmente o medo e a dor da injustiça. Torna evidente que vivemos em uma criação infinitamente justa, onde nenhum erro é possível, nunca. Mas essa consciência não pode ser “dada” gratuitamente. Ela precisa “ser cultivada” por meio do esforço pessoal de cada entidade no sentido de superar a resistência em tornar todas as fendas do eu conhecidas, e assumir responsabilidade por elas.