É o medo da crítica da opinião pública.

Uma pessoa muito preocupada nesse sentido certamente quer a aprovação do público e, se ela a obtém, pode se sentir segura. Há também outro componente. Certamente, ela também não gosta de se sentir separada.

A criança sofre sempre que se sente diferente das outras crianças, pois traduz essa diferença como um atributo inferior. Quando ela cresce, essa tendência pode permanecer e se manifestar em uma superaderência aos padrões das massas, à opinião da maioria, seja ela certa ou errada.

A opinião pública pode estar certa em muitos casos, mas se alguém adere a ela, sem antes examinar sua própria opinião, torna-se uma escravidão.

Uma pessoa livre, que não se preocupa com as opiniões dos outros, apoiando-se na própria consciência, examinará cada questão isolada e então escolherá livremente a sua conduta. Ele ou ela pode aderir à opinião pública em alguns casos. No entanto, esta adesão difere totalmente daquela experimentada pela pessoa que está em cativeiro.

Em outros casos, a pessoa vai abandonar a opinião pública, porque ela não seria fiel a si mesma. Ela está disposta a pagar o preço. Essa é a atitude saudável. O medo da opinião pública é uma faceta do desejo de aprovação. Em alguns tipos, esse desejo se manifesta dessa forma. Em outros, a aprovação é procurada pelo comportamento oposto, isto é, agindo sempre contra a opinião pública, como aquele que adere a ela sem qualquer crítica.

A escolha por uma ou outra direção depende de muitos fatores. É uma questão de desenvolvimento, meio ambiente, influência, e, acima de tudo, é claro, de traços de personalidade e caráter individual.