É o medo de ficar menos protegido de mágoas e decepções, o que não passa de uma ilusão, e isto pode ser facilmente comprovado quando se reúne coragem para assumir o risco.

Há outra espécie de vulnerabilidade quando ficamos mais abertos e acessíveis: surgem novas capacidades de percepção e o que víamos antes de modo nebuloso torna-se mais aguçado e claramente definido. O que é uma vantagem no trabalho de autoconhecimento é ignorado pela personalidade.

Ainda outro efeito temido dessa vulnerabilidade é a dor aguda que vem da destruição causada pelo mal. Essa dor, no entanto, é muito menor do que o sofrimento propositado que provocamos por indiferença e crueldade. Passar por essa dor é correto, saudável e necessário, porque essa dor de regeneração reconhece os danos provocados aos outros.

A delicada vulnerabilidade é capaz de sentir todo o sofrimento gerado pelas forças do mal. A insensibilidade a este tipo de dor traz consigo a rejeição da alegria.