Movimento da alma
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Veja: Pulsação da consciência

É um movimento livre e espontâneo. Isto é amor, isto é vida. Tudo o que vive deve pulsar.

A sintonia com os movimentos da alma permite-nos acessar os movimentos involuntários em suas formas expansiva, restritiva e estática. Quando a consciência é harmônica e está em concordância com as leis universais, o ritmo ocorre regularmente.

A dimensão da consciência não é tridimensional, como é o organismo físico. O organismo emocional, mental ou espiritual pertence a outra dimensão. Portanto, sua natureza rítmica não parece ter o mesmo tipo de regularidade, em seus intervalos, apresentado pelas pulsações físicas.

Para a percepção tridimensionalmente orientada, as pulsações ou ciclos de consciência não parecem rítmicos. Eles parecem irregulares e aleatórios. O ciclo de expansão, por exemplo, pode ser mais longo ou mais curto que o ciclo restritivo. Ou um ciclo de expansão pode durar mais que o seguinte. Contudo, de acordo com essa outra dimensão, tal movimento pode ser legítimo, regular e harmônico. Ele é significativo dentro da sua própria lei interna e só pode ser compreendido em termos da consciência individual e daqueles aspectos da consciência que são expressos e significados em cada movimento particular.

Assim como os movimentos da alma devem permanecer sem tensão, abertos e relaxados, a despeito das perturbações, para eliminar essas mesmas perturbações de maneira real, assim deve ser tratado o corpo.

Os movimentos de alma em duas direções opostas nos dão a sensação de estarem literalmente rompidos ao meio. A dor de não entender o que se passa aumenta a tensão interior. Quanto mais desesperador tudo parece, tanto mais o eu consciente se esforça e se agita.

Esse movimento tenso, mesmo que seja em direção à meta desejada, é contraproducente, pois nasce da desesperança, da dúvida, de uma premência que trabalha contra os movimentos suaves do fluxo universal. Essa divisão é a verdadeira dor.

O primeiro passo para a liberação dessa dor é querer enxergar a si mesmo; o segundo passo é a observação distanciada dos movimentos da alma. E, então, buscar as causas internas que nos causam desolação.

O impulso para essa busca é dado pelo ego. A pessoa não deve abdicar ou rejeitar a participação do ego no ato de viver. Contudo, ela confia plenamente e apóia seu peso em outras forças, sobre as quais flutua. Esse movimento de flutuação, a sensação de estar sendo levado pela vida, é um subproduto do caminho que estamos trilhando. Quanto mais encararmos nossas dificuldades interiores e as verdadeiras causas do nosso sofrimento, mais vamos adquirir esse sentimento, e mais automático será o estabelecimento da relação entre o ego e as forças universais.

Os movimentos da alma são um reflexo da atitude da personalidade. Se sintonizarmos melhor com os movimentos da alma, vamos perceber com muita facilidade que cada atitude que adotamos resulta em um determinado movimento. Se nossa atitude for de amor, por exemplo, o movimento da alma será muito diferente de uma atitude de medo e ódio. O medo, sobretudo inconsciente, é o principal obstáculo para a alma se mover. Para criar um novo estado de personalidade, os movimentos da alma precisam fluir, tanto no sim quanto no não.

Palestras: 133, 154, 160, 168, 206

133: O AMOR, NÃO COMO UM COMANDO, MAS COMO MOVIMENTO ESPONTÂNEO DA ALMA DO EU INTERIOR
154: A PULSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
160: A CONCILIAÇÃO DA CISÃO INTERIOR
168: DOIS MODOS BÁSICOS DE VIDA - APROXIMANDO E AFASTANDO DO CENTRO
206: DESEJO - CRIATIVO OU DESTRUTIVO

ABC

Sentença do Guia “Seria demais dedicar um certo tempo e esforço todos os dias para olhar para si mesmo, encontrar áreas onde algo está faltando, a fim de melhorar sua consciência espiritual?” P.003