É a atitude de deixar cair as camadas de erro, de forma que o self real, o ser interior eterno, divino, venha para o primeiro plano.

Existe um aspecto da autorrealização que está relacionado ao sexo, à realização do potencial como homem ou mulher, o que tem a ver com a própria atitude quanto à masculinidade ou feminilidade.

O medo de perder a si mesmo é a principal barreira que um homem coloca à sua masculinidade. Este temor emerge, porque a disciplina para assumir suas responsabilidades na vida parece ser uma desvantagem e um sacrifício, e também porque se assusta ao ter de se desapegar de si mesmo em um relacionamento completo. A mulher, de um ângulo diferente, teme a entrega e assim derrota sua feminilidade, tornando-se emocionalmente dependente em sua necessidade excessiva de ser amada e aprovada, e mentalmente, física e materialmente dependente. Ambos os sexos, portanto, acabam lutando contra quatro direções internas:

a)a falta de percepção das necessidades reais e específicas;

b)a extensão e urgência dessas necessidades;

c)a frequente falta de percepção de quem supõe que irá satisfazer as necessidades de forma específica, já que todos os desejos originais foram substituídos;

d)a extensão da capacidade ou incapacidade, a vontade ou falta de vontade da outra pessoa em satisfazer suas necessidades completamente.

Todas as exigências criadas acabam por derrotar a autorrealização, o que será revertido apenas quando homens e mulheres forem capazes de suportá-las e lidar com elas sem desculpas. A autorrealização está implicada na união. À medida que o processo de conscientização de nós mesmos avança, vemos que não existe realmente qualquer divisão entre a nossa realização e interesses com a realização e interesses dos outros. A luta pela autorrealização significa:

a)eliminar as barreiras entre nossa consciência e as áreas ocultas da nossa psique;

b)remover barreiras entre nós e nosso parceiro, seja quem for, num determinado momento;

c)remover barreiras entre nós e a corrente cósmica.