É aquela palavra dita em nosso íntimo.

A palavra, que não é dita pela voz, que não é ouvida pelo ouvido externo, não é necessariamente menos poderosa que a palavra falada, pronunciada com as cordas vocais.

Muitas palavras faladas com as cordas vocais têm muito menos energia, porque não estão baseadas em convicções fortes. Elas são pronunciadas levianamente, sem sentimento ou força, para preencher o vazio interior. O poder destas palavras é indireto, já que criam uma névoa que separa a consciência das palavras ditas interiormente, que têm força destrutiva ou construtiva.

A palavra dita levianamente, sem impacto, sem uma força condutora, sem profundidade e sem raízes, seja ela falada, ou ruído de pensamentos, tem um efeito sério sobre o processo criativo que cada ser humano coloca em movimento, consciente ou inconscientemente.

É necessário, portanto, ouvir nossos ruídos subterrâneos, examinar seu significado, distanciando-nos o suficiente para podermos identificá-los e avaliá-los. Assim, teremos uma compreensão superior de como criamos nossa vida e do que é nosso processo criativo. Sem dúvida, existem palavras poderosas que falamos por trás da cortina aparente de separação entre elas e as palavras levianas que pronunciamos.