A falta de fé é uma distorção da atitude saudável, realística no que se refere à autorresponsabilidade e autodependência; de saber que não há autoridade que irá realizar algo por nós.

É uma distorção da verdade de que somos agentes autorresponsáveis, o que não está, naturalmente, em oposição ao self Deus mais profundo, mais sábio ao qual o ego deve se entregar. É este self divino que sozinho pode trazer a verdadeira identidade, autonomia, independência.

Ao apostar na falta de fé permanecemos na distorção. Qualquer que seja a natureza desta aposta em não querer saber a verdade, isto deve ser revelado, pois quando o homem não quer saber a verdade, ele impede a luz.

Um dos aspectos mais importantes que aprendemos em nosso caminho é a habilidade de abrir todas as portas, porque estamos cientes de que desejamos deliberadamente mantê-las fechadas.

É preciso supor que podemos estar enganados, que nosso ponto de vista pode estar errado, que pode ser diferente. Ao desejar abrir mão da defensividade pelo bem da verdade, depois de abrir mão da estreiteza e temerosidade da nossa opinião, encontraremos a verdade ao liberar a estreiteza de nos agarrarmos a uma crença errônea e distorcida.

Nada nos torna tão infelizes como nossa própria crença que não é verdadeira.