Dor do desgosto
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Veja: Autopiedade, Vitimização

É uma dor amarga e intolerável que provém de um estado mental e emocional de não aceitação e, consequentemente, de luta interior para não sentir, o que gera grande turbulência interna e, simultaneamente, o desejo de estagnação.

Nesse desejo está presente o medo, o recolhimento do homem a um mundo que ele criou por não conseguir enxergar a realidade, por não querer nada arriscar. Outras correntes emocionais podem estar presentes, mas uma das mais importantes é a autopiedade, que frequentemente intensifica o sentimento de desgosto, pois a pessoa se “banha no infortúnio”. Há um secreto prazer nisso e um convencimento de que precisa aguentar, porque é seu destino. Nesse caso o sentimento de vitimização se associa ao de fatalidade.

Aceitar um fardo pesado jamais prejudica a alma. A pessoa não fica nem deve ficar alegre; isso seria impossível, mas deve aceitar sem revolta ou amargura. A tristeza que daí resulta de alguma maneira liberta a alma.

Quando o homem afunda na autopiedade, de maneira semiconsciente ele se lembra de como reagiu quando tinha sobre os ombros um fardo real. E agora, o que ele quer é reproduzir aquele sentimento. Mas é uma produção artificial, pois com um pouco de esforço ele poderia modificar a situação.

Logo, um mesmo sentimento pode ser profundamente libertador (quando se passa por uma provação) ou doentio e superficial, quando a pessoa se entrega, desanimada, à autopiedade. É preciso ver a diferença.

Palestras: 004, 095q, 106, 191

004: O CANSAÇO DO MUNDO EM CONTRAPOSIÇÃO AO AMOR: A PRECE
095: AUTO-ALIENAÇÃO; O CAMINHO DE VOLTA AO EU REAL
106: TRISTEZA VERSUS DEPRESSÃO; RELACIONAMENTO
191: EXPERIÊNCIA INTERIOR E EXTERIOR

ABC

Sentença do Guia “ Se você agora odeia, diga com sua mente consciente: “Eu também tenho em mim a possibilidade de amar. Eu quero este novo estado e desejo utilizar todas as minhas energias e forças criativas ocultas.” P.201