Ponto agora
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Veja: Agora, Presente

Cada momento do tempo – cada momento do ser – é em si mesmo uma construção nuclear psíquica com significado e consciência, contendo um projeto com um sentido.

Cada fragmento de segundo é isso. Ao se enfileirar segundo após segundo – não apenas sequencialmente, mas também em profundidade e largura – pode se perceber que não existe tempo algum e que aquilo é um ponto da criação que não tem fim e está sempre lá. E é isso que podemos chamar de “ponto agora”.

No atual estado de desenvolvimento do homem, não é impossível perceber ocasionalmente o ponto agora – ter uma ideia dele. Isso requer estados muito mais elevados de consciência, que precisam ser adquiridos. Quando o homem percebe a si mesmo, quando encontra seu Eu Real, ele está no agora, isto é, no próprio ato de ser em si mesmo.

Quando a consciência aumenta e amadurece um pouco, o homem passa a perceber a vida não apenas como fragmento imediato e óbvio, percebe então que o fragmento faz parte de um fragmento maior, e assim por diante, então a consciência se prepara para experimentar o “ponto agora”. Estar no “ponto agora” significa estar completamente no agora.

A falsa busca do ponto do agora é uma violação na medida em que se quer o resultado sem pagar o preço.

A maneira errada de viver no agora vem da criança em nós, que exagera a importância do momento. Mesmo as verdadeiras tragédias que se abatem sobre todos os seres humanos no curso de uma vida, quando vistas em retrospectiva, serão sentidas de maneira diferente do tempo da sua ocorrência. O adágio "o tempo cura tudo" é válido quando se torna claro que, com apenas pequena distância do envolvimento pessoal, advém uma visão mais realista ou verdadeira da qualidade do acontecimento, da sua importância.

Palestras: 002, 071, 131, 215

002: DECISÕES E TESTES
071: REALIDADE E ILUSÃO
131: INTERAÇÃO ENTRE EXPRESSÃO E IMPRESSÃO
215: PONTOS NUCLEARES PSÍQUICOS-CONTINUAÇÃO-O PROCESSO NO AGORA

ABC

Sentença do Guia “Se o homem não consegue se permitir, livremente, no mais profundo do seu ser, fluir com a corrente cósmica, ele necessariamente distorce essa corrente cósmica em seu íntimo. Como não confia nessa força cósmica, e como se opõe a ela, e como essa mesma força cósmica se manifesta em seu eu mais profundo, ele não confia em si mesmo.” P. 149