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Veja: Autopunição, Moralismo
É a consciência formada pelas normas morais adquiridas nos processos de socialização e educação com o intuito de melhorar o homem. Essas normas funcionam como uma coação, fortalecendo a consciência sobreposta e encobrindo a consciência interior, real.
Ela esconde o Eu Inferior em vez de trazê-lo à tona e dessa forma elimina a possibilidade de fazê-lo superar seu estado infantil. Ela esconde a força vital mais construtiva e criativa e os impulsos que liberariam essa força. Ela instila uma visão irrealista e distorcida de si mesmo e cria a autopunição.
Ela não impede o crime ou atos destrutivos. Ao contrário, causa tal pressão, que a pessoa é levada a cometer atos que não pode evitar, porque usa há muito tempo a consciência sobreposta em vez de dar a si mesma a chance de entrar em contato com a consciência interior que faz parte do centro espiritual.
Quando o homem se revolta contra as leis e as normas éticas e morais, ele o faz por causa dessa consciência sobreposta e dura que não conhece misericórdia, é inflexível em suas exigências e cega em sua avaliação.
A luta entre a consciência sobreposta e a criança primitiva, autocentrada e destrutiva é trágica, porque nós ignoramos sua existência. Só o reconhecimento e a aceitação da criança egoísta dentro de nós permitirão que ela cresça.
A consciência sobreposta gera culpa não razoável e não justificada e, consequentemente, autopunição. A revolta contra ela indica tão pouca liberdade como a obediência a ela.
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 15.
Palestras: 063q, 116