Consciência temporária (ou separada)
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Veja: Abismo, Desespero, Luta, Mudança

É a manifestação parcial e, portanto, passageira da consciência.

Por mais que um estado mental ou situação pareça sem saída, sua mudança em algum momento é inevitável. O desespero é produzido por uma percepção e um sentimento fixos da vida. Esse equívoco é o de uma consciência que ignora e nega o fluxo vital e está momentaneamente fixada na convicção de que a vida é estática e o mesmo se aplica aos traços da personalidade.

A única coisa que nos impede de sermos fluidos e, portanto, de passarmos para um estado de esperança realista, a própria essência da vida, é nosso enclausuramento, nossa ignorância dessa verdade. A convicção negativa de que a mudança é impossível nos impede de realizar os esforços necessários para mudar.

O nosso medo intrínseco de atravessar o abismo entre a consciência pequena e separada do Ego e a consciência universal tem origem na ideia de que, se atravessarmos esse espaço, vamos nos perder. Nossa separação acarreta sofrimento, pois quando a consciência não está ligada ao significado mais profundo das coisas, a vida não pode deixar de ser uma luta.

No entanto, esse aspecto da consciência temporária e aparentemente separada da realidade será em algum momento, inevitavelmente, alcançado e preenchido pela centelha divina. Nossa própria vida, nossa luta e desenvolvimento devem ser vistos sob esta perspectiva. O que a consciência pode conceber e expressar em pensamento, sentimento e direção da vontade, a matéria vital criadora molda, forma, constrói. Saber e vivenciar isso é não apenas estar ligado ao processo de criação, que é um processo permanente ao alcance de todas as criaturas vivas, mas também ter nas mãos a chave da luta humana.

A soma total da consciência de uma entidade (que inclui todos os níveis de atitudes, pensamentos, sentimentos e vontades inconscientes) forma a experiência de vida. A tarefa humana é criar experiências que se originem numa vontade interior flexível e sadia, pois dessa maneira a consciência se expande e se preenche com sua verdadeira natureza, que é luz.

Quanto mais a separação é trazida à tona, menos dolorosa ela se torna, menos conflitos produz e menos experiências indesejáveis cria. Essas experiências exprimem nossa resistência à expansão. A desunião interior é a dor da nossa existência e, quanto mais for reconhecida, mais caminhamos no sentido da união. É a prática de fazer-se fluido e flexível em todos os níveis da personalidade que colabora para o alinhamento final com o Centro divino.

Palestras: 174, 181, 203

174: AUTO-ESTIMA
181: O PROPÓSITO DA LUTA HUMANA
203: INTERPENETRAÇÃO DA CENTELHA DE LUZ NAS REGIÕES EXTERIORES

ABC

Sentença do Guia “Aquilo que eu já sou, seja o que for, eu quero dedicar à vida. Eu deliberadamente quero que a vida faça uso do melhor daquilo que eu tenho e sou.” P. 138