É a manifestação de um sentimento de ameaça, temor, perigo. Altera todo nosso sistema fisiológico, emocional e mental.

Permanecer constantemente na defesa significa alimentar sentimentos de medo e raiva, reações substitutas para a reação primária original, a mágoa. Constitui, portanto, um processo de autoalienação e de distanciamento psicológico.

A defesa limita a margem de sentimentos, os potenciais de criatividade, a habilidade em expandir-se com relação à vida, comunicar-se com outros e compreender, prejudicando gravemente a vida espiritual.

A defesa é um mecanismo contra a verdade. Dentre os seus dispositivos encontramos atitudes de submissão, agressividade e retirada. Esses três aspectos, bem como a autoimagem idealizada, fazem parte da nossa defesa, mas a defesa básica é uma atmosfera interior geral que passamos a assentir. Está ligada à imagem principal e exige que recuperemos, para dissolvê-la, os elos relativos à nossa história interior pessoal.

A defesa constrói uma parede interna atrás da qual colocamos tudo o que nos é indesejável encarar, não apenas defeitos e fraquezas, mas também coisas que nos confundem e amedrontam. A substância dessa parede interior é em parte nossa boa vontade mal usada e, portanto, ineficaz devido à ignorância e às conclusões erradas, mas ela também é feita de covardia, orgulho e vontade do eu.

A defesa se manifesta como rigidez no plexo solar. Para detectá-la é necessário investigar sentimentos de ansiedade e desconforto emocionais, claramente expressos como tensão interior.

A defesa é tratada sob vários ângulos nas palestras: defesa contra a verdade (093); contra o líder (237); como criticismo (101); seus efeitos nos níveis espiritual, emocional, físico e mental (101); como síndrome da luta doentia (101); em sua relação com o funcionamento do sistema glandular (101); dor como defesa (110q).