São exigências, sobretudo ocultas ou inconscientes, feitas a nós mesmos, aos outros, à vida. De um lado, fazemos exigências excessivas na medida em que esperamos dos outros mais do que estamos dispostos a dar, por mais que tentemos encobrir esse fato por substituição. De outro lado, temos expectativas modestas demais, o que é uma consequência lógica baseada na propriedade de equilíbrio da lei interior.

A outra face da mesma moeda é composta pelas exigências que os outros nos fazem. Reagimos vigorosamente a essas exigências, mesmo que conscientemente nunca saibamos disso. Ou interpretamos algo que não é uma exigência como se fosse, o que desencadeia uma defesa interna, ou temos a tendência de ceder às exigências mais imaturas e injustificadas dos outros. Nas duas hipóteses, o resultado inevitável é ressentimento, rebeldia, hostilidade. Tudo isso pode não ser consciente no momento. A existência dessas emoções pode não ser associada ao fato de reagirmos de determinada maneira às exigências feitas. Inconscientemente é comum termos tanto medo de exigências ou da nossa própria compulsão a ceder a elas, tanto medo do que poderia acontecer se não cedêssemos, que montamos uma defesa. Muitas vezes é como se soasse um alarme interior sempre que alguém faz uma exigência real ou imaginária.

Vários aspectos das demandas são tratados nas palestras: o efeito das demandas sobre si mesmo e os outros (111 e 112); seu efeito na substância da alma (111); identificação das demandas ou exigências (122q); exigências nos relacionamentos (111 e 122).