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Veja: Desejos subterfúgios, Motivação, Purificação
Em nossa motivação coexistem, na mesma corrente de desejo, metas relacionadas ao Eu Inferior e ao Eu Superior. Muitas vezes os desejos conscientes são diferentes dos inconscientes e essa é uma das principais razões dos conflitos e insatisfações na vida.
Uma situação cuja plena importância a maioria de nós desconhece e que gera conflitos e insatisfações iguais é o fato dos desejos que pautam as nossas ações estarem de fato de acordo com os objetivos do Eu Superior, enquanto as metas egoístas e menores também fazem parte da sua motivação. Essas metas inferiores encontram uma saída nas metas superiores, que se prestam muito bem para ocultar a existência das primeiras.
A purificação não significa apenas que modificamos nossos desejos, mas também que separamos as boas motivações das erradas, observando essas motivações, sem forçar nossos sentimentos. É possível que alguns de nós, em algumas áreas da nossa vida, não saibamos o que queremos, apelando para desejos subterfúgios. É preciso que olhemos para além deles mesmos. O único meio de enfrentá-los é perguntar sobre nossas motivações em cada pequena e aparentemente insignificante reação diária sem juízos e avaliações.
Para desejar de modo correto o desejo precisa ser descontraído, isto é, não necessariamente precisa ser satisfeito. O poder da energia liberada pela ausência de medo e manipulação nos níveis mais sutis é enorme. Nesse sentido, o desejo é simultaneamente ausência de desejo. Há aí uma renúncia ao “imprescindível”, que vem da verdadeira dignidade e amor próprio.
O desejo destrutivo está carregado de tensão, da necessidade de não sentir dor, e instala uma corrente do “é preciso que eu tenha isso” ou “que eu não tenha isso”. Há aí um não, que vem da fraqueza de fazer prevalecer a vontade, o que prejudica a satisfação.