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Veja: Negação, Projeção, Pseudossolução, Sobreposição, Substituição
É a perda do “ponto agora” ou um desvio do destino de nossos sentimentos desconfortáveis (dor e raiva) das pessoas e situações originais para outras pessoas e situações.
Este é um mecanismo de “pseudossolução” tanto do problema da confrontação, como do risco de possíveis perdas. Dessa maneira, “resolvemos” o problema de encontrar um canal de vazão para o forte acúmulo de energia sem comprometer o relacionamento com alguém importante em nossa vida ou alterar uma situação que valorizamos.
O deslocamento gera caos e desordem, uma total confusão sobre o que realmente é, um desligamento total do continuum da existência interior. Gera, portanto, medo e fragmentação. Conseguir identificar quando e como usamos esse mecanismo diminui seu efeito perturbador.
O processo do deslocamento envolve alguns passos:
a)reconhecimento de uma necessidade ou sentimento;
b)crença de que essa necessidade ou sentimento é errado;
c)sentimentos de medo, culpa e vergonha;
d)a necessidade saudável se transmuta em algo ruim;
e)surge o movimento de ocultação e a energia existente já se transformou numa energia de outro tipo.
O deslocamento pode ser horizontal, onde uma camada cobre outra e vertical, quando uma forma de expressão substitui outra.
A compulsão resulta tanto de deslocamentos horizontais quanto verticais. Quando uma situação ou um relacionamento causa mais preocupação do que realisticamente justificado, pode-se supor com certeza que a verdadeira causa é o deslocamento de uma necessidade.
Vários aspectos do deslocamento são tratados nas palestras: relação com a depressão (106); deslocamento horizontal e vertical (121); deslocamento e necessidades (121); deslocamento e superimposição e substituição (121).
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 23.
Palestras: 106, 121, 215