É o resultado de expectativas não realizadas, porque irrealistas.

Ela pode ser distorcida através da reação de não suportá-la, que constitui grave distúrbio da personalidade, regida pela cobiça, autocentrismo, cegueira e medo, o que prejudica o caráter da pessoa. Para evitar lidar com esses aspectos a pessoa então prega a resignação, o martírio, a abstinência.

A dificuldade de lidar com a frustração é proveniente do medo da insatisfação, tanto maior quanto mais a pessoa luta contra a satisfação. Quanto menos frustração pode ser tolerada, menos prazer pode existir.

A pessoa afastada de si mesma sente a frustração de um desejo ou de um objetivo muito mais do que a não realização em si. Em outras palavras, a dor de não ter o que se quer é muito menor que a dor de receber uma “prova” de sua falta de valor, inadequação, de que não é amada, de que não é nada.

A função da frustração, no entanto, é nos permitir aprender a flexibilidade, a deixar o movimento da alma se soltar sem abandonar a perspectiva de se satisfazer.

A flexibilidade da descontração na aceitação do que existe acaba nos trazendo o que desejamos, porque toda satisfação está potencialmente ao nosso alcance e virá quando soubermos disso.

Vários aspectos da frustração são tratados nas palestras: medo de frustrar-se e a atitude correta diante da frustração (173); liderança externa e a frustração como oportunidade do desenvolvimento da flexibilidade (237); aceitação da frustração (179) e relação entre frustração e depressão (106).