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Veja: Integração, Valores existenciais
É a união de todas as nossas dimensões internas.
Agir a partir do Eu Real não coloca dúvida, confusão, ansiedade, tensão. Não há preocupação do que vamos parecer aos olhos alheios, nem preocupação com princípios ou regras. Os sentimentos do Eu Real funcionam em perfeição relativa àquilo que somos agora, não sendo capaz de ser mais, em qualquer situação dada em nossa vida.
O Eu Real pressupõe a genuína preocupação com o efeito do nosso ato sobre os outros e nós mesmos, sobre as consequências. Entenda-se por atos não apenas eventos externos, mas pensamentos, emoções, decisões interiores, padrões internos de comportamento. O Eu Real tem como natureza a flexibilidade e individualidade.
No Eu Real podemos afirmar que todo ser humano se transforma, o que inclui o Eu Inferior. Na verdade, é incorreto afirmar que se possua um dos dois. O homem pode não ter consciência da existência de qualquer um dos dois. O lado realmente grande do seu ser, assim como a cobertura artificial, que por assim dizer disciplina o Eu Inferior, muitas vezes fazem com que este não seja detectado. É somente quando o homem toma ciência de sua existência, entende seu funcionamento, que pode destruí-lo gradualmente, pois somente então descobre que o egoísmo e outras falhas de seu caráter não são defesa alguma, nem lhe trazem qualquer proveito, muito pelo contrário.
Quanto mais nos retiramos do nosso centro de vida, a fim de investir no robô que criamos, tanto mais afastados nos tornamos do Eu Real e tanto mais o enfraquecemos e o empobrecemos. Quanto mais saudável é o ser humano, mais fraca é a Autoimagem Idealizada. Pode ser que ela se manifeste apenas nas áreas perturbadas da personalidade, e em grau menor. Será sempre contrabalançada pela manifestação mais forte do Eu Real.
Quando o homem cresce, consegue entender que o que é vantajoso para ele também é necessariamente vantajoso para os outros, e vice-versa, alguém prejudicado também indica seu próprio prejuízo. Nesse momento ele transcende o mundo das aparências e suas ilusões; escapa das garras da compulsão com respeito a suas falhas e fraquezas. Aos poucos, se desvencilha desses traços e vai transferindo o que aprende no nível espiritual para o nível da consciência, assim como, às vezes, transferindo o que aprende na vida terrena para o nível espiritual.
Vários aspectos do Eu Real são tratados nas palestras: natureza do Eu Real (077, 094, 143, 146); relação do Eu Real com o ego ou Self exterior (132 e 094); com o intelecto e com a vontade (104); com a Autoimagem Idealizada (083 e 086q); contato com o Eu Real (094); contato com o Eu Real no relacionamento (158); comunicação entre os Eus Reais (085q).
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 2.
Palestras: 002, 009, 077, 083, 085q, 086q, 094, 104, 132, 143, 146, 158