É uma entidade regida pelas mesmas leis que as pessoas que fazem parte dela e constituem a espécie humana. Pode ser feita, mesmo que de um modo simplificado, uma analogia entre o desenvolvimento do indivíduo e a humanidade.

O homem primitivo pode ser equiparado ao bebê. Ele vivia muito mais isolado, mas mesmo no círculo de sua família imediata o crescimento se tornou uma necessidade de sobrevivência. Ele foi obrigado a desenvolver alguns processos mentais que imediatamente reduziram seus impulsos primitivos egoístas e o tornaram mais responsável pelos outros e menos autocentrado. Assim, foi formada uma sociedade e passou a viver nela, muitas vezes com grande esforço para superar os impulsos infantis que destroem o que atrapalha a gratificação imediata.

A sociedade e a civilização atual são fruto dessas primeiras tentativas do homem primitivo de encontrar um modo de sobrevivência, domesticando seus instintivos primitivos e autocentrados.

Durante muito tempo o homem foi regido pela lei da força e do poder. Quem conquistava o poder mandava nos outros em nome de sua própria busca do prazer. Também neste caso as forças espirituais do equilíbrio detiveram esse processo. Sempre que uma pessoa dessas se tornava demasiadamente abusiva, irresponsável e egoísta, ela era deposta.

Assim, a responsabilidade e a preocupação pelos outros se desenvolveu, primeiro como uma necessidade, pois sem elas não era possível conquistar poder e vantagens, e posteriormente (e por algumas pessoas, anteriormente), como um verdadeiro desenvolvimento interior e convicção.

Cada transição do crescimento, nos pequenos ou grandes casos, é sempre repleto de crises. E a humanidade passou por muitas crises de crescimento. Ainda não é uma entidade madura e adulta. O período em que ela se encontra é correspondente ao da adolescência no nível individual.

Com o correr do tempo alguns grupos da esfera humana, e seus objetivos, serão representantes da maturidade que vem chegando, enquanto outros representarão os elementos inconscientes infantis, errôneos, imediatistas e destrutivos da entidade. Mas quanto mais a humanidade cresce, menos confusa ela fica com relação ao que é construtivo e o que é destrutivo. Seu senso de discriminação melhora.

O crescente senso de identidade da humanidade também permitirá que ela faça valer seus direitos e tenha consciência de seus valores sem culpa, processo idêntico ao do crescimento do senso de identidade no indivíduo.

Quanto à questão do seu destino, a humanidade como um todo, depois de atingir a plena maturidade tomará, como acontece com o indivíduo, consciência de outras esferas espirituais. Chegará o momento em que a esfera terrestre se tornará mais delicada, sua matéria mais sutil e sua vibração mais rápida, devido ao seu grau correspondente mais elevado de consciência.

Vários aspectos da humanidade são tratados nas palestras: sua influência no mundo espiritual (015); relação com o indivíduo, crise, estágios de crescimento e evolução (120, 127); humanidade na esfera terrestre e seu anseio espiritual (021); natureza da humanidade, sua criação e resistência à evolução (021, 147 e 149); crescimento e a estagnação da humanidade no desenvolvimento pessoal (115); humanidade na Nova Era (225); compreensão equivocada da superioridade do homem em relação às outras espécies que habitam o planeta (105q, 147q, 229); igualdade na humanidade (229); relação da humanidade com Deus (105); criação da alma humana e dos animais (017q); relação da humanidade com a força vital (126); com a consciência (127, 165, 192, 193); com as influências externas (061q); com as esferas pessoais (076q); com os campos magnéticos positivo e negativo (142); com Deus e o mundo espiritual (014, 015, 105); com a oração (105); com o tempo (105q, 112); com o pensamento (193); com a vida (147); com a parede interior (048q); significado espiritual das raças humanas (025q); realidade da humanidade versus realidade espiritual (128); conflito em diferentes níveis da humanidade (140).