Identificação (processo de)
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Veja: Consciência, Distorção, Eu Observador, Identidade

É um processo pelo qual forjamos nossa identidade e, como tudo, pode se dar de um modo positivo ou negativo. Não se trata de nos identificarmos com um entre os vários aspectos da personalidade, como se fosse um bom e outro mau. É preciso, portanto, que cada um desses aspectos enfrente a questão da identificação, que não é um processo de escolha consciente e precisa ser descoberto pelo Eu Observador.

Às vezes, o único meio de que uma criança dispõe para preservar sua identidade é a negação, pois se a resistência interior não for mantida, a personalidade sente-se ameaçada. A criança equipara deixar de resistir a renunciar a sua individualidade.

Se nos identificarmos exclusivamente com o ego (parte consciente, volitiva, atuante da pessoa) é impossível ocasionar uma mudança que está fora do alcance dele. A mudança interior mais profunda não pode ser efetuada por suas funções limitadas.

A identificação com o Eu Superior pode não ser apenas positiva, e não o é, quando não é acompanhada da consciência do Eu Inferior, da Máscara, das defesas, dos disfarces desonestos e da intencionalidade negativa. Nesse caso, essa identificação é uma ilusão.

Existe, portanto, uma diferença entre identificar-se com algo e identificar algo em nós

Identificar-se consigo e identificar-se com os outros podem ser tendências que construímos consciente e inconscientemente, e que são apreciadas a partir de alguns sintomas. Estes podem estar, por exemplo, no momento passageiro em que descobrimos, vez por outra, que aquilo que pensamos, sentimos, ou que expressamos numa conversa é importante pela impressão que causa, e não pelo que é.

É difícil determinar essa diferença, por ser muito sutil, mas assim que a percebemos, ela passa a se destacar e fatalmente mostra a diferença essencial entre identificação com o eu ou com os outros, entre sentir o eu como real, ou não.

Até os pensamentos, sentimentos e experiências interiores mais vitais e essenciais muitas vezes sofrem essa distorção, pela qual nosso senso de realidade depende dos outros. Em vez de procurarmos corrigir imediatamente os aspectos observados, devemos trabalhar com os sintomas que vão levar, como um caminho bem delineado, às áreas mais profundas. Isso, por sua vez, vai permitir aprofundar a compreensão e a consciência de nós mesmos em relação a toda a área que está em pauta naquele momento.

Vários aspectos da identidade são tratados nas palestras: o processo de identificação no desenvolvimento da criança (113); a identificação com o Eu Superior e o Eu Inferior (195); identificação positiva e negativa (113); identificação com figuras de exemplo (210); identificação consigo, com os outros, com causas (113); o processo de identificação e os estágios da consciência (189).

113: A IDENTIFICAÇÃO COM O EU
195: IDENTIFICAÇÃO E INTENCIONALIDADE: IDENTIFICAÇÃO COM O EU ESPIRITUAL PARA SUPERAR A INTENCIONALIDADE NEGATIVA
210: PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO PARA ATINGIR O ESTADO UNITIVO
189: A AUTO IDENTIFICAÇÃO DETERMINADA PELOS ESTÁGIOS DA CONSCIÊNCIA

Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 24.

Palestras: 113, 125, 158, 189, 195, 210

113: A IDENTIFICAÇÃO COM O EU
125: TRANSIÇÃO DA CORRENTE DO NÃO PARA A CORRENTE DO SIM
158: A COOPERAÇÃO OU OBSTRUÇÃO DO EGO AO EU REAL
189: A AUTO IDENTIFICAÇÃO DETERMINADA PELOS ESTÁGIOS DA CONSCIÊNCIA
195: IDENTIFICAÇÃO E INTENCIONALIDADE: IDENTIFICAÇÃO COM O EU ESPIRITUAL PARA SUPERAR A INTENCIONALIDADE NEGATIVA
210: PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO PARA ATINGIR O ESTADO UNITIVO

ABC

Sentença do Guia “Aquilo que eu já sou, seja o que for, eu quero dedicar à vida. Eu deliberadamente quero que a vida faça uso do melhor daquilo que eu tenho e sou.” P. 138