Espírito de luz criado depois de Cristo. Foi o primeiro a sofrer a queda e não se encarnou porque para ter essa chance é preciso algum grau de desenvolvimento.

O seu reino tem uma hierarquia, no qual seus auxiliares se distribuem com maior e menor poder. Ele perde poder à medida que seus lacaios não conseguem cumprir as tarefas que ele lhes atribuiu.

Quem sofre uma dor extrema precisa aproximar-se de Deus, porque esta necessidade de Deus aumenta. Assim, quanto mais “baixo” descer nas esferas sombrias, mais “alto” estará se elevando. Quanto mais longe estiver da dor, maior a desarmonia interior; e Lúcifer está na maior desarmonia.

Ele tentou Cristo, em sua trajetória terrena, oferecendo-lhe poderes para que desistisse de cumprir as Leis Divinas. Escarneou Cristo, no pior momento da sua missão, insuflando e reforçando pensamentos de desamparo divino, mas teve que admitir o fato, com Cristo vitorioso, de que as Leis Divinas são justas.

Se Lúcifer tem o direito de tentar subjugar o homem que sucumbe à sua natureza inferior, as portas agora estão abertas para que esse homem pelo livre-arbítrio possa unir-se ao seu Criador e habitar mais uma vez os mundos divinos. Até as armadilhas e tentações que Lúcifer pode usar passaram a ter limites e estão de acordo com a Lei Divina. O mundo espiritual de Deus passou a ter o direito de interferir para que essas Leis Divinas sejam observadas estritamente, para que as atividades dos poderes da escuridão sejam limitadas e, em última análise, fiquem sob a jurisdição de Deus.

É necessário que Lúcifer conserve algum grau de liberdade, não só pela razão, agora já tão explicada, de que ele precisa reconhecer sempre a justiça divina, mas também como um meio necessário de desenvolvimento, pois em muitos casos o mal precisa ser provado até o fim antes de poder ser superado em função do livre-arbítrio e da iniciativa de cada ser.