Princípio do prazer positivo (versus orientação negativa)
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Veja: Equilíbrio, Plano Divino

É a busca da luz, a vida, o crescimento, o desabrochar, a afirmação, a beleza, o amor, a inclusão, a união, o prazer supremo.

Sempre que esta direção for confrontada por uma outra corrente é criada uma perturbação. A perturbação em si mesma não cria dor. Esta é criada pela introdução de uma direção oposta que traz desequilíbrio e um tipo especial de tensão.

Este princípio vigora em todos os níveis do ser humano: físico, mental, emocional e espiritual. Mas há uma diferença entre o nível espiritual e os outros níveis, pois o nível espiritual é causa e os demais são efeito. O plano espiritual é a origem da direção positiva. Ele não contém uma direção negativa. Esta é criada por – e também cria- diferentes atitudes, incompatíveis com a origem de toda a vida, já que o plano espiritual é unitário.

O ser humano só pode estar em unidade se segue a direção positiva das suas forças de vida. A orientação negativa é distorção temporária e por trás dela está o real que produz e faz sentir seus efeitos sem se importar com as camadas de distorção e com a força da orientação negativa que existe momentaneamente.

Como o homem e a vida são um ele não poderá jamais ser totalmente negativo. Assim, sempre que houver uma orientação negativa o conflito emerge. É importante, portanto, considerar o negativo como um estágio passageiro, sem fatalismo, com uma atitude objetiva e não de autoindulgência.

A dor e o sofrimento são sempre o resultado da personalidade puxada em duas direções opostas. A criação negativa é nossa. Não ver que as criações negativas são um produto nosso faz com que inevitavelmente nos revoltemos contra elas. Dessa maneira, acabamos numa situação peculiar, a discórdia interior. O que uma mão faz, a outra nega e combate, sem saber que aquilo é o produto da outra mão.

Acabamos brigando com o destino, com a vida, com todo o bem que poderia trabalhar a nosso favor, bastando para isso que estivéssemos prontos para tirar as viseiras. Nesse estado de revolta, jogamos a culpa sobre alguma coisa ou alguma outra pessoa. Ao agir assim, não estamos ligados às causas e aos processos no interior do eu – e esse é o problema de todo o sofrimento.

O que acontece com um indivíduo, acontece também com outros. O conflito da humanidade se coloca entre, por um lado, o uso da tendência autoritária e impositiva e, por outro, a aceitação resignada do estado negativo, fazendo com que os seres humanos se sintam desamparados e abrigando um conceito negativo da vida. Esse conflito raramente se aplica a todas as áreas de expressão da vida, mas quase sempre se aplica a algumas delas. Quaisquer que sejam as manifestações externas dessas duas formas de reagir na vida, também o seu contrário deve existir em nós.

Todos aqueles que são externamente dominadores encontrarão dificuldade em lidar com a desesperança interna. Todos aqueles que são extremamente negativos, dependentes, fracos e submissos encontrarão dificuldade em lidar com seus traços ocultos de dominação e manipulação. Estes são, inevitavelmente, os dois lados de uma mesma moeda. À medida que continuamos a nos observar, nos daremos conta, em primeiro lugar, do lado aparente, em seguida, do lado oculto.

Palestras: 140, 159, 213

140: O PRINCÍPIO DO PRAZER POSITIVO VERSUS O PRAZER ORIENTADO NEGATIVAMENTE COMO ORIGEM DA DOR
159: A MANIFESTAÇÃO DA VIDA É A EXPRESSÃO DA ILUSÃO DUALISTA
213: O SIGNIFICADO ESPIRITUAL E PRÁTICO DO "SOLTE, DEIXE NAS MÃOS DE DEUS"

ABC

Sentença do Guia “O amor a Deus, o anseio de Deus, é a força propulsora em todo ser humano. Mesmo os que ainda não encontraram Deus, ou que acham que não acreditam em Deus, abrigam na alma estas tendências poderosas.” P. 002