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Veja: Compulsão
É a resposta compulsiva do ser humano contra a dor.
Da mesma forma que o ser humano rejeita, teme e fica com raiva das experiências negativas e dos sentimentos negativos, é igualmente incapaz de viver no clima mais elevado de prazer, alegria, bem-aventurança e, finalmente, até mesmo de êxtase. A vibração mais elevada, o nível mais elevado de funcionamento desses reinos superiores de experiência de vida só pode ser atingido, quando o ser humano passa por meio da negação e da negatividade que ele mesmo produziu.
A mesma abordagem é necessária no que diz respeito tanto à dor quanto ao prazer. Às vezes a reação emocional aparece mesclada, de um lado, por um conjunto de emoções que reconhece a outra pessoa e vê que o que ela fez é motivado possivelmente pela insegurança e, de outro, um conjunto de emoções, de fúria e raiva.
Nesses casos pode ser que a primeira reação, obviamente certa, ainda seja imposta de fora. A pessoa procura ter essa reação, porque reconheceu seu valor em teoria. Mas isso ainda não é sentido. Portanto, há uma constante interferência da emoção que ainda predomina, o orgulho infantil, tanto mais persistente, porque a pessoa tenta impor outro sentimento e não permite que ele venha totalmente à superfície com suas ligações, sua causa e origem.
É preciso deixar vir à tona a emoção negativa com todo o seu impacto. Isso não significa que a pessoa deva agir com base nela, mas apenas tomar consciência da intensidade da raiva, das exigências e reivindicações infantis, do real motivo da raiva (pois a derrota é inadmissível).
Se essas reações e impressões tiverem permissão para aflorar com toda a sua infantilidade e reivindicações irracionais, sem racionalizar e inventar explicações, elas acabarão se enfraquecendo, de modo que o outro conjunto de emoções vai se tornar autêntico e cada vez mais dominante.