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Veja: Autoconfrontação, Bloqueios, Bondade falsa, Desconfiança, Ilusão, Intensidade
O sentimentalismo é uma falsa bondade que pode passar facilmente despercebida e se deve à combinação de duas tendências: de um lado, o desejo inato e autêntico do homem de ser expansivo, de amar, de ser realmente sincero, no nível mais profundo do ser, e de acreditar nos poderes universais. De outro, o medo das suas desonestidades que o obriga a permanecer dentro de si, firmemente agarrado ao seu ego.
O conflito entre a tendência a seguir a vida e o medo de fazê-lo gera a falsa bondade, ou o sentimentalismo. A falsa bondade ocorre, portanto, quando os sentimentos reais são bloqueados. A personalidade se sente culpada por amortecer e impedir os sentimentos naturais, cuja vibração torna desnecessário o excesso de intensidade, e também desconhece a obrigação de ter sentimentos.
A falsa bondade é um empecilho maior à percepção dos poderes cósmicos do que à admissão de que a pessoa ainda não sente nada, embora quisesse sentir, que ainda não ama, embora quisesse amar. Havendo essa admissão, é possível expressar o desejo de ser capaz de sentir e amar, enquanto no caso do sentimentalismo a pessoa tem a ilusão de que já atingiu esse estado.
Só a autoconfrontação e a observação da tensão e da intensidade pode abrir caminho para perceber a diferença entre sentimentos profundos e plenos e a intensidade. Esta revela uma certa relutância em abrir mão, a dificuldade em assumir um certo grau de confiança no que ocorre conosco e com a nossa vida, confiança que não temos nem em nós mesmos nem nos poderes de criação.
Palestra: 151