São obstruções à força vital criadas pela violação da verdade divina, por ações, palavras, pensamentos ou emoções inconscientes.

Sempre que exista força e compulsão, vindas quer de dentro, quer de fora, essa violação existe porque a verdade e a lei divinas remetem à liberdade interior que apenas se obtém com a liberação dos próprios erros. A força vital petrificada significa degeneração. A parte do fluxo vital que foi destruída precisa ser restaurada pelos próprios esforços da entidade no sentido de encarar a si mesma, superar a sua resistência, indolência e autopiedade.

Quem tem medo de si mesmo cria bloqueios e os racionaliza, perdendo de vista a necessidade real do espírito e criando falsas necessidades: fugir e evitar partes de si. Assim como o corpo é capaz de criar falsas necessidades, até o ponto da compulsão (por drogas, estimulantes perigosos, alimentos prejudiciais), a consciência pode ser envolvida nessas falsas necessidades, assim como o organismo mental e emocional.

Bloquear a força vital é também bloquear o prazer. A barreira ao prazer obstaculiza a profunda conexão com o Eu Espiritual e reforça as dificuldades nos relacionamentos. Todo relacionamento é uma proposta mútua e quer seja bom, ou não, está sob a responsabilidade de todos os envolvidos.

O prazer, entendido como estado de bem-aventurança física e espiritual, é o estado natural de um ser unificado em harmonia consigo mesmo, com os outros e com o universo. Para superar o bloqueio ao prazer é preciso descobrir tanto as razões para a sua negação quanto as consequências. Dentre as razões estão o apego à negatividade e a falta de vontade de abandonar padrões de comportamento negativos e destrutivos. Quando isso acontece nós não nos sentimos merecedores e nos tornamos temerosos do verdadeiro prazer.

Vários aspectos dos bloqueios são tratados nas palestras: bloqueios nos relacionamentos (142q); bloqueios internos e necessidades falsas e reais (238); bloqueios mentais (142q); bloqueio da força de vida (048); bloqueio ao prazer (177).