Submissão
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Veja: Distorção do amor, Instinto de Reprodução

É pseudossolução à dor de não ser amado.

Ela nos retira a independência e a força e gera isolamento.

O caminho interno da submissão se inicia com o desejo de evitar a dor, arranjando alguém forte para nos cuidar. Mas provocamos dor maior ainda, porque nunca conseguimos encontrar tal pessoa. Nós mesmos precisamos ser essa pessoa.

Submissão é o preço que queremos pagar pela esperança de conseguirmos amar a nós mesmos por meio dos outros ou de uma autoridade bondosa que queremos agradar, para que ela nos proporcione uma vida de desejos satisfeitos sem restrições. Por essa meta impossível, sacrificamos a liberdade e a integridade, e depois culpamos o mundo exterior pelo resultado.

Quando nos tornamos deliberadamente fracos, exercemos a mais forte das tiranias sobre os outros e sobre o ambiente. Uma pessoa assim, rainha da autocomplacência, acomodação e autopiedade, faz severas exigências aos seus semelhantes.

Na submissão esperamos o amor dos outros e para obtê-lo desprezamos nosso próprio ser e nossas opiniões, não nos posicionamos e sempre nos colocamos em desvantagem, perdendo nossa dignidade e autorrespeito. Tudo isto é encoberto por racionalizações de altruísmo, sacrifício e de nossa habilidade de amar.

Na realidade, estamos de modo egoísta fazendo uma barganha, na qual a submissão oculta a exigência de que o outro tem que fazer nossa vontade.

Submissão nunca deve ser confundida com amor. Pode mostrar-se similar, mas o conteúdo interior é muito diferente. Quando tentamos apaziguar, agradar outra pessoa, estamos investindo na esperança de receber algo. Quanto mais forte for a submissão mais forte será a corrente de força que expressa o desejo de obter nossa vontade.

A submissão é expressão da distorção do instinto de reprodução. Quando ela é dirigida a poderes e autoridades substitutos é efeito da causa ativada quando o movimento natural da alma, de entregar-se a Deus, é obstruído.

Palestras: 072, 077, 084, 086, 100, 240, 245

072: A RESPEITO DO MEDO DE AMAR
077: AUTOCONFIANÇA: SUA VERDADEIRA ORIGEM E O QUÊ A PROÍBE
084: AMOR, PODER E SERENIDADE COMO ATRIBUTOS DIVINOS E COMO DISTORÇÕES
086: AUTOPRESERVAÇÃO E REPRODUÇÃO COMO INSTINTOS EM CONFLITO
100: ENFRENTANDO A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS
240: ALGUNS ASPECTOS NA ANATOMIA DO AMOR
245: CAUSA E EFEITO NOS VÁRIOS NÍVEIS DA CONSCIÊNCIA

ABC

Sentença do Guia “Encarar o eu muitas vezes significa desapontamento, porque o homem acredita que está muito mais avançado em seu desenvolvimento –até que encontra seu lado feio. Ele pensa que só o que fez conta, mas as emoções também contam, e elas causam tantos efeitos como as ações exteriores.” P.005