Medo da dor e do sofrimento
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Veja: Distorção, Dor rejeitada

É um mecanismo que tenta evitar a dor e o sofrimento a qualquer preço.

Quando o medo da dor é evitado sem pensar, até não sabermos mais que tememos uma dor específica, e que nos sentimos entorpecidos e amortecidos, um bloco de energia magnética se ergue na psique. Esse bloco energético é uma força poderosa que inevitavelmente nos arrasta para a experiência que queríamos evitar. A dor que tanto evitamos fatalmente chega até nós do exterior, muitas e muitas vezes, até não podermos mais evitá-la. É uma lei da vida.

Quando nos protegemos do medo da dor (ou de qualquer outro estado indesejável), estamos necessariamente tensos. Resguardar-se é um estado de tensão.

O medo descomedido da dor e do sofrimento é um produto da mente, um erro que vem da crença de que ambos nada têm a ver conosco, e que isso pode acontecer sem que nós sejamos responsáveis. Em outras palavras, ambos existem como injustiça ou coincidência caótica.

Quando o homem percebe que toda dor que sente decorre da sua fuga da verdade e da realidade, e que ele entende isso, não apenas como um princípio, mas fazendo as ligações de causa e efeito, ele deixa de ter medo. Fica claro para ele que a dor e o sofrimento não são horríveis por si mesmos, mas pela atitude que mantêm com relação a ambos.

Se a atitude do homem em relação à dor e ao sofrimento não fosse tão distorcida quanto em geral costuma ser, ele constataria que os problemas que precisa solucionar para conquistar a mente e o espírito são belos. São, aliás, as coisas mais belas da vida terrena.

A dor que é rejeitada é mais amarga, inquietante e sem esperança. A dor que é aceita é sentida de modo muito diferente. Está muito perto de uma abertura, de uma experiência prazerosa.

Palestras: 105, 167, 191

105: O RELACIONAMENTO DOS HOMENS COM DEUS NOS VÁRIOS ESTÁGIOS DO SEU CICLO DE DESENVOLVIMENTO
167: O CENTRO CONGELADO DA VIDA TORNA-SE VIVO
191: EXPERIÊNCIA INTERIOR E EXTERIOR

ABC

Sentença do Guia “A vida envia um chamado; ela faz uma exigência a cada indivíduo. A maioria das pessoas sentem esse chamado. Apenas à medida que se torna consciente das suas próprias ilusões é que você pode simultaneamente tornar-se mais consciente da verdade que está dentro de você mesmo e, portanto, da vida.” P. 145