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Veja: Autoexpressão, Desejo construtivo, Ilusão
É o medo de examinar nossos conteúdos destrutivos, hostis, na ilusão de que precisamos manter esses sentimentos até que algo externo venha nos livrar deles.
Podemos, ao contrário, livrar-nos instantaneamente desses sentimentos, desejando o que for mais construtivo naquele momento particular de nossa vida. No entanto, esse desejo construtivo só é possível quando sabemos quem somos.
Enquanto estivermos ocupados mantendo uma parte de nós mesmos, separada e secreta, não podemos saber nem mesmo qual é o desejo construtivo e relevante.
Assim como a parte secreta é turva e vaga, os desejos pertinentes a qualquer momento dado também o são. Mas agimos na ilusão de que não podemos interferir no que sentimos, pensamos e agimos. No agir se inclui a atitude de permanecermos passivamente controlados pela resistência e por emoções negativas.
Muitos de nós nos iludimos detectando o que sentimos e parando aí, como se esse reconhecimento resumisse tudo e não houvesse nada mais a fazer. Esperamos que os sentimentos mudem em consequência de algum milagre que ocorre no exterior. Não passa pela nossa cabeça que, primeiro, precisamos querer ter outros sentimentos, para depois sair da armadilha.
E se não quisermos ter outros sentimentos, é preciso admitir o fato de não querermos, em vez de nos enganarmos afirmando que queremos, mas não podemos.
A manifestação desse medo que ocorre na vida diária pode não assumir formas violentas, mas é ainda mais destrutiva, de maneira tortuosa e indireta. Esse fato não é devidamente avaliado e é muito subestimado.
O medo da própria negatividade desaparecerá, quando a expressarmos em circunstâncias apropriadas.