Distorção da vontade
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Veja: Insistência, Obstinação

A vontade deve ser uma serva, nunca senhora. No caso ideal, a vontade deve servir igualmente ao processo racional do homem e às suas faculdades emocionais e intuitivas. O tipo de personalidade em que a vontade predomina faz do servo o senhor. Isso faz a personalidade ficar fora de foco de uma forma que pode tornar-se perigosa caso essa tendência não seja reconhecida a tempo.

A pessoa em que predomina a vontade geralmente se torna muito impaciente, e perde o alcance de metas tangíveis. A impaciência paralisará o seu processo de raciocínio, o qual, em conjunção com uma natureza emocional saudável, leva à sabedoria.

Sem a sabedoria ela, ou não pode realizar aquilo que quer ou, caso seja bem-sucedida, será incapaz de explorar o sucesso da maneira correta e então será forçada a perdê-lo novamente. Ela não perderá de vista a cautela, mas também se afastará de muitos aspectos da vida, de muitas considerações que são essenciais para obter a verdade para o seu próprio Eu, para os outros, bem como para quaisquer dadas situações.

A pessoa em que predomina a vontade também negligencia o lado emocional. Ela tem tanto medo deste quanto a pessoa do tipo racional, apenas com um propósito diferente em mente, o qual é frequentemente inconsciente. As emoções são aceitáveis para a pessoa do tipo ligado à vontade apenas enquanto possa dominá-las, enquanto elas a servem; de outro modo poderiam atrapalhar a obtenção do seu objetivo. Quem distorce a vontade perde uma parte integrante da experiência da vida, e raramente vivencia o que seja entregar-se a um sentimento sem saber qual o resultado e qual a possível vantagem que poderá obter para si.

Palestra: 043

043: PERSONALIDADE - TRÊS TIPOS BÁSICOS: RAZÃO, VONTADE E EMOÇÃO

ABC

Sentença do Guia “Se o homem não consegue se permitir, livremente, no mais profundo do seu ser, fluir com a corrente cósmica, ele necessariamente distorce essa corrente cósmica em seu íntimo. Como não confia nessa força cósmica, e como se opõe a ela, e como essa mesma força cósmica se manifesta em seu eu mais profundo, ele não confia em si mesmo.” P. 149