É o uso do poder da vontade na direção do crescimento pessoal e da purificação. Para isso é necessário conectar a força de vontade do intelecto com a da alma. O poder da vontade pode ser usado de duas maneiras muito diferentes.

A primeira delas é uma pressão, uma tensão que acaba com a paz e afasta do estado de distanciamento, tão necessário para atingir a maturidade espiritual e emocional. Esse é o estado corriqueiro do ser humano que convive com uma intensidade mais ou menos tensa, alheia ao poder universal e incompatível com ele. Essa mesma intensidade pode causar, como efeito final, imobilidade externa, paralisia, passividade excessiva. Esses extremos, contudo, resultam sempre de uma intensidade de movimentos da alma, que precisa ser dissipada. O sentimentalismo, resultado da contradição entre o desejo de seguir a vida e o medo de fazê-lo, também é um obstáculo, pois gera a falsa bondade e bloqueia os sentimentos reais.

A segunda flui com liberdade, com força e vitalidade, sem jamais perturbar a serenidade. Ela opera lá no fundo, no entanto, com consciência; ela deseja com força, mas com paciência. Ela nos deixa livres e distanciados, mas jamais passivos e resignados. Uma corrente de vontade vem do Eu Superior; a outra, do Eu Inferior.

Se desejarmos o que é contra a lei e a vontade divinas, não teremos paz. Mas também é possível desejar algo que é totalmente pertinente e adequado, com uma mistura de correntes ou motivações erradas. Trata-se, portanto, de aplicar as leis divinas não apenas aos atos, mas às tendências, correntes, reações emocionais, pensamentos e sentimentos interiores para que nossa ação seja construtiva.

Quanto mais levemente fluir o material psíquico, tanto mais energia haverá para investir na vida e menor será a exaustão provocada pela expansão da energia. Quando essa força profunda é deixada de fora, nada do que decidirmos ou fizermos poderá gerar respostas ou resultados satisfatórios.