É resultado direto da personalidade que existe antes do nascimento.

Os pensamentos, as atitudes, emoções, ações da personalidade, todos têm seus efeitos. O corpo com seu ambiente, a vida e sua situação, o destino pessoal é efeito da mentalidade, da personalidade e do caráter. Olhar o corpo físico desse ponto de vista evitará confusão e a Lei Cármica, a hereditariedade e as condições específicas do nascimento não constituirão mais problema.

Tendemos a perceber o processo de nascimento como se um corpo fosse construído por forças externas à personalidade. Isso gera confusão porque tal pensamento ocorre numa divisão dualista em vez de surgir de um espírito de unidade, pelo qual percebemos que somos resultado imediato de nós mesmos, incluindo nosso corpo e todos os outros fatores da vida no plano terreno.

Essa consciência que vamos constituindo habita cada célula, cada molécula do corpo. Quando a consciência se retira dele, ela continua sendo exatamente o que é nesse momento, e o corpo, parecendo desintegrar-se no plano manifesto, constitui de fato uma rota invertida e uma animação menor de vida, porque todo objeto inanimado é ainda vivo em algum lugar e dá origem a novas combinações, servindo de espaço a novos veículos. Assim, o processo de desintegração e reintegração celular é um movimento que segue leis sábias e inexoráveis de atração e rejeição.

Existe, portanto, uma ligação embora não tão evidente entre o ódio de si mesmo, o medo da punição e da morte e a desintegração da estrutura celular, assim como entre o amor a si mesmo e à vida e a reestruturação celular.

O corpo físico do ser humano é um reflexo do seu corpo espiritual, eterno. Neste último existem todos os órgãos e funções em um grau mais sutil e refinado do que pode ser encontrado na estrutura física. Esse corpo do ser eterno não pode, naturalmente, ser visto pelo olho humano. Não obstante é muito mais real que qualquer coisa vista pelo homem. Esse corpo tem várias camadas mais grosseiras que o recobrem, de acordo com os diversos níveis de consciência que existem, quando uma entidade não está ainda unificada com o seu Self Espiritual.