É um processo que permite a expressão das emoções imaturas. Somente quando elas são expressas podemos entender seu sentido e importância, até que se atinja um ponto em que já não precisamos mais delas.

Isso não acontecerá por um ato de vontade, mas por um processo orgânico de crescimento, quando os sentimentos mudarão naturalmente de direção, de meta, de intensidade, de natureza. No entanto, isso só pode ser feito se sentirmos as emoções como elas existem em nós agora.

As emoções imaturas são, de fato, destrutivas e trazem desvantagens. Mas o erro reside no pensamento (consciente ou inconsciente) de que estar ciente dos sentimentos e transformá-los em atos é a mesma coisa. Tampouco conseguimos diferenciar uma meta construtiva, para a qual é necessário exprimir e falar sobre os sentimentos, no lugar certo e com as pessoas certas, da destrutividade implícita, quando imprudentemente deixamos tudo sair do controle e não usamos essa expressão para entender melhor a nós mesmos.

Só compreenderemos a diferença entre permitir que emoções imaturas venham à tona para liberar a pressão e encontrar um canal de vazão, e a atividade deliberada de sentir novamente todos os sentimentos que um dia existiram e ainda existem dentro de nós, se distinguirmos as metas construtivas das destrutivas, e se tivermos a coragem e a humildade de permitir a consciência do que realmente sentimos e expressar o sentimento quando ele tem sentido.

O que não foi devidamente assimilado na experiência emocional, e em vez disso foi reprimido, será constantemente reativado por situações que remetem de uma maneira ou de outra ao que deu ensejo, no início, a essa experiência não assimilada. Esse “lembrete” pode não ser factual. Pode ser um clima emocional, uma associação simbólica que se aloja exclusivamente no subconsciente.

Quando são feitas as primeiras tentativas de perceber o que sentimos e expressar o sentimento de forma direta, sem racionalizar, adquirimos uma compreensão de nós mesmos como nunca havíamos tido antes. Sentiremos ativamente o processo de crescimento funcionando, porque somos participantes ativos, com o mais íntimo do nosso ser, e não apenas com gestos exteriores. Vamos enxergar de que modo o padrão distorcido inconsciente teve sobre os outros um efeito exatamente oposto ao desejado. Isso vai nos dar uma compreensão interna sobre o processo de comunicação, e também nos alertar para o fato de que temos o poder de transformar a situação.