Desejo criativo (e destrutivo)
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Veja: Intenção, Motivação, Movimento da alma

É um movimento da alma que segue uma determinada intenção. O desejo é criativo ou destrutivo dependendo da intenção e do modo como o expressamos. Se o desejo for muito forte, tenso, se tiver origem em uma concepção equivocada que implica uma espécie de “é imprescindível”, ele deixa de ser desejo e se torna uma exigência, uma ameaça, uma corrente compulsiva.

O desejo real é uma condição prévia do processo de autocriação. Se, por exemplo, não desejarmos um estado novo e mais amoroso de ser, não haverá motivação para atingi-lo, não haverá incentivo para superar a resistência que, muitas vezes, parece ser incontornável.

Para diferenciar entre a espécie criativa e destrutiva da corrente do desejo, é muito importante verificar em nós mesmos e nos outros se o desejo flui sem o aspecto compulsivo. Trata-se de um paradoxo aparente: o desejo precisa ser tão descontraído, que não precisa ser satisfeito. O desejo com força, mas sem qualquer vestígio de “precisar”, pensando “posso passar sem isso, posso sofrer essa dor sem ser aniquilado, destruído, sem ficar infeliz”, tem um poder ilimitado. A força da energia assim liberada, devido à ausência de medo, à ausência de manipulação nos níveis mais sutis, é enorme. Logo, o desejo precisa ser também, simultaneamente, a ausência de desejo.

Palestra: 206

206: DESEJO - CRIATIVO OU DESTRUTIVO

ABC

Sentença do Guia “Encarar o eu muitas vezes significa desapontamento, porque o homem acredita que está muito mais avançado em seu desenvolvimento –até que encontra seu lado feio. Ele pensa que só o que fez conta, mas as emoções também contam, e elas causam tantos efeitos como as ações exteriores.” P.005