Obrigações
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Veja: Dever, Rebelião

São tarefas cumpridas por medo da punição, da rejeição, da desaprovação, da crítica. A rebelião contra as obrigações é uma rebelião contra a vida. Chegamos ao extremo da falta de disposição quando recusamos assumir as obrigações morais relacionadas a nós mesmos.

Em teoria, podemos assumir a responsabilidade por nossa própria infelicidade mas, quando se trata da vida prática, desejamos nos desobrigar dela. Consequentemente, tudo em nossa vida se torna uma tarefa entediante. Num estado avançado de rebelião, até mesmo as rotinas diárias da vida, como comer, levantar-se, limpar-se, fazer algum trabalho doméstico, pode ser excessivo.

Quando nos desobrigamos da responsabilidade pela nossa não realização pessoal e pelas dificuldades, e nos recusamos a examinar a conexão interna, ficamos cansados. Desejamos que as coisas sejam feitas para nós. Não queremos lidar com decisões, com o esforço de viver. Ou, mais precisamente, o que normalmente poderia ser um desafio divertido passa a ter a conotação de um fardo.

Para sair dessa atmosfera é preciso descobrir e trazer à tona a voz fraquinha que pertence a uma criança voraz que tudo quer receber e nada dar. Observemos o egoísmo e a preguiça que há nessa voz quando a tirarmos de seu esconderijo.

Quando entendermos a natureza dessa voz e a considerarmos sem falsa moralização e justificação, vamos desejar a mudança.

Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 9.

Palestra: 108

108: A CULPA FUNDAMENTAL POR NÃO AMAR. OBRIGAÇÕES

ABC

Sentença do Guia “O fator decisivo não é com que um homem nasceu – vantagens e desvantagens, positivo ou negativo (do ponto de vista humano) – e sim o que o homem faz com isso.” P. 010