Recomende:
|
Veja: Aceitação, Liberdade, Medo da vida
É um movimento contra o ato de viver.
Essa rebelião pode assumir várias formas: pode ser manifesta ou pode assumir a forma de indolência, apatia, estagnação ou um sentido de absoluto desmazelo, onde tudo se torna um esforço e nós preferiríamos nada fazer.
Nós nos rebelamos contra a infelicidade ou a dor que tanto tememos e também sentimos ressentimento das obrigações, responsabilidades e tarefas que a vida nos impõe.
Quando não dizemos sim para a vida de maneira amorosa e comprometida, bem como assumindo as obrigações, somos empurrados e arrastados pela vida. Até certo ponto, se queremos permanecer sadios, temos que passar por essa parte ativa do viver, mas o fazemos como se estivéssemos nadando contra a corrente. Submetemo-nos, mas não dizemos sim.
Se não dissermos sim à vida, em todos os seus aspectos, com disposição e prontidão e, em vez disso, nos deixarmos levar por ela, jamais conseguiremos vivenciar a dignidade, a grandeza e a beleza que a vida implica.
Quando tudo é uma provocação, alguma coisa em nós se rebela. Ao nos desobrigarmos da responsabilidade por nossa não realização pessoal e pelas dificuldades, e nos recusarmos a examinar a conexão interna, então, a consequência é o cansaço.
Desejamos que as coisas sejam feitas para nós e não queremos lidar com decisões, com o esforço de viver. E, já adultos, nos rebelamos contra a autoridade como o fazíamos em crianças. A autoridade agora nos restringe como adultos e os mesmos conflitos existem de modos diferentes. Como uma criança estávamos dilacerados entre o desejo de ser amados e aceitos, o que uma rebelião contra a autoridade tornou impossível, ou assim acreditamos. Ainda temos dentro de nós esse conflito básico entre rebelião contra as restrições e o medo de sermos desprezados.
Agimos, então, como a criança que não tem escolha, senão obedecer. A atitude madura é de liberdade. Essa espécie de verdadeira liberdade não significa fazer sempre exatamente o que nos agrada, e sim fazer o que é necessário com um espírito interior de aceitação.