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Veja: Autoperpetuação, Dor real, Sentimentos, Serviço
São aquelas que, em qualquer dimensão da nossa vida física, emocional, mental, espiritual apresentam-se como indispensáveis à nossa sobrevivência como entidade.
O intelecto não colabora na identificação das necessidades reais. Só através dos sentimentos podemos tomar ciência delas. As necessidades reais são a autoexpressão, crescimento, desenvolvimento, alcance dos potenciais espirituais e tudo o mais que advém disso: prazer, amor, preenchimento, bons relacionamentos e fazer contribuições significativas para a ordem das coisas, no grande plano no qual todos têm uma tarefa. A dor real das necessidades reais é suave e dissolve-se no seu próprio curso.
O que é real em um período da vida de uma entidade pode ser completamente falso e irreal num período posterior. O que é uma necessidade real para uma criança não é o desaparecimento dessa necessidade. Pelo contrário, a negação desta dor projeta-a no tempo e sobre outras pessoas e, assim, torna-se uma falsa necessidade. Quando a criança cresce, esta necessidade passa a ser experienciada interiormente até que se torna uma realidade.
É uma necessidade perceber a necessidade real debaixo da necessidade irreal. A entidade deve, então, proceder a uma busca das obstruções dentro de sua própria alma para removê-las. As necessidades irreais estão sempre, de uma maneira ou de outra, conectadas com a perpetuação de necessidades que uma vez foram reais e que, agora, são falsas.
As necessidades reais nunca exigem que as outras pessoas obedeçam e "nos deem as coisas". Apenas ao pequeno self parece necessário que assim o façam. A necessidade real de amor, companhia e partilha só pode começar a ser preenchida quando a alma está pronta para amar e dar o que nunca deve ser confundido com a necessidade neurótica de ser amado.
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 23.
Palestras: 090, 092q, 169, 191, 192, 238