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É a estratégia de deixar de desculpar os outros, ocultar, negar, racionalizar, projetar e odiá-los para não precisar sentir o ódio que temos por nós mesmos e enfrentar nossos sentimentos dolorosos de autorrejeição.
Uma das maiores dificuldades ao amor de si mesmo é a rebeldia inata às leis, aos limites, à estrutura, às regras, acreditando que são consequências da hostilidade e do desejo propositado em nos frustrar.
Além das nossas experiências na infância, ou da interpretação que damos a elas, a verdadeira razão é que desconfiamos do tirano, o Eu Inferior, que quer reinar de maneira egoísta e cruel. Ao esconder esse aspecto, nós o projetamos no exterior, e assim supomos que todas as regras e leis, todas as restrições e limites nascem da falta de amor.
Quando identificamos amor com leniência e frustração com ódio, ficamos em confusão constante, distorcemos a realidade, e não enxergamos a magnificência da criação. É preciso discernir entre os limites, leis e regras da condição humana, que são uma expressão direta da limitação da própria consciência do homem daquelas leis e regras que consolidam a vida.
A rebeldia e as reações de indignação contra as restrições, além de serem dirigidas contra um alvo errado, também aumentam a nossa frustração e as restrições, devido às nossas reações inadequadas. Muitas vezes nos rebelamos contra nossa própria estrutura rígida das falsas necessidades.
Olhar para dentro de nós mesmos, aceitar a estrutura estreita que criamos ajuda a ampliar nossa liberdade pessoal até chegar o momento em que as restrições externas diminuirão consideravelmente.
Palestra: 240