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Veja: Relaxamento, Rendição
É a atitude de rendição à vontade de Deus, aos próprios sentimentos, àqueles a quem amamos, ao ensino e a quem ensina para aprender alguma coisa.
Percebemos que a entrega contém algo importante da realização espiritual, mas mergulhamos em grande confusão quanto ao seu entendimento, porque é necessário discernir as pessoas e as situações às quais devemos ou não nos entregar, senão a entrega será um disfarce à nossa covardia e desistência da autonomia.
A entrega só é possível quando estamos livres de expectativas não realistas, de motivações destrutivas ou infantis. Ela não significa o abandono da capacidade de discriminar e tomar decisões independentes. Ela pede confiança em si mesmo, em Deus e nos outros, o que significa não haver contradição e dualidade entre entregar-se e manter-se firme, ceder e se autoafirmar, desistir e lutar pela grande causa da verdade. A habilidade da entrega está na pessoa saudável e inteira, o que exige a compreensão daqueles aspectos em nós que impedem a entrega.
Entregar-se equivale a certo tipo de relaxamento interno, involuntário, que acontece como resultado de muito trabalho voluntário no nível externo e, no entanto, parece simplesmente acontecer. Se o conceito de entrega for entendido e incorporado pela alma, tudo, incluindo a dor, pode ser transcendido.