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É uma força das mais potentes, dotada de impulso e impacto tremendos. Sua função é servir de elo entre o sexo e o amor, porém ela raramente é exercida.
Em uma pessoa de grande desenvolvimento espiritual, a força erótica transporta a entidade da experiência erótica, de curta duração em si mesma, para o estado permanente de amor puro. Sem o amor, a força erótica se consome.
Eros revela impulsos humanos de altruísmo, afeição, grande desejo. É a coisa mais próxima do amor que alguém pode experimentar, porque revolve a alma e obriga-a a sair de si mesma, retirando-a do estado de separação, ainda que por pouco tempo. A diferença com relação ao amor é seu estado temporário. Ele se junta ao impulso sexual, mas nem sempre tem que ser assim.
Eros pode assustar, porque chega de repente e será possivelmente um bom remédio para aqueles dominados pelo medo. Para outros, Eros pode constituir uma tentação à qual se agarram, perseguindo avidamente um objeto de sentimento após outro, usando a força erótica apenas para o seu prazer, abuso que trará resultados prejudiciais.
A verdade traz Eros. Eros traz união, e estes três fazem com que o medo, a desconfiança e a insegurança desapareçam. O estado de integridade, de unificação, é fruto de um trabalho que exige muito tempo, muita experiência, muitas lições, tentativas e erros, incontáveis encarnações, mas é preciso saber que existe tal estado, mesmo que ainda sejamos completamente incapazes de experimentá-lo. É preciso que saibamos disso sem moralismo, sem nos desencorajarmos. Este saber não deve jamais tornar-se um látego. Ele serve apenas para nos lembrar do que somos em essência e que um dia seremos completamente.
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 17.
Palestras: 044, 122, 251