Exagero
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Veja: Corrente de força, Distorção, Dramatização, Ilusão, Imagens, Intensidade

É a reação de supervalorização, irreal, portanto, aos sinais "favoráveis" ou “desfavoráveis” às próprias construções, desejos e exigências internos. No primeiro caso, tendemos a supervalorizar a alegria e, no segundo, a decepção com o outro. Em ambas as situações, produzimos mais ou menos prazer do que os eventos efetivamente autorizam.

Nossa subjetividade e, portanto, irrealidade, é criada por nós mesmos por meio da forte e urgente necessidade de ver alimentada a própria ilusão. Essa necessidade premente de ilusão vem da corrente de pressão da criança em nós, que tem que obter tudo à sua própria maneira.

Ter a consciência de como reagimos diante das inúmeras situações cotidianas, observando como ampliamos nossas reações emocionais nos liberta interiormente. Aprendemos com esse procedimento que temos uma imagem irreal dos outros, uma vez que somos tentados a aumentar ou diminuir o seu valor, dependendo da situação.

A imagem que temos delas não é irreal porque o que enfatizamos em cada humor em particular é necessariamente errado, mas sim por conta do nosso real motivo para ver tão fortemente o lado bom ou mau daquela pessoa. E ela é irreal porque, em cada caso específico, o colorido geral no qual percebemos a pessoa como um todo é distorcido e unilateral.

A desproporção com que reagimos aos outros também ocorre com relação aos acontecimentos e incidentes. Mesmo que não seja visível, em algum plano a dramatização das emoções ocorre internamente. Esta atitude se baseia na ideia infantil do mundo como algo totalmente bom e feliz ou totalmente mau e infeliz. Nunca permitimos que nossos sentimentos funcionem livre ou naturalmente, ou os forçamos artificialmente dentro do mais dramático estado, exagerando-os por razões que nos parecem oportunas.

O motivo disto é claramente outro caminho para forçar a outra pessoa a nos amar e nos obedecer. Essa atitude que cria uma espécie de obrigação para o objeto do nosso amor ainda existe dentro de nós mesmos, quando já fizemos algumas descobertas nesse sentido. Essa atitude de ou/ou é a base da perturbação emocional, da imaturidade, da má saúde como tal, mas ela dá ensejo em especial à atitude moralizante, bem como às reações emocionais desproporcionais.

A ligação entre reações emocionais desproporcionais e atitude moralizante consigo mesmo é evidente. Um dos sinais da maturidade é a capacidade de aceitar a crítica e a frustração de modo descontraído e construtivo.

A pessoa madura é capaz de agir assim porque está na realidade. Ela não espera o impossível de si mesma e, portanto, se aceita como ser humano respeitável e de quem se pode gostar, sem ser perfeito. Ela sabe que a crítica não a torna totalmente má e errada. Nesse ponto podemos confiar em nós mesmos, pois sabemos que somos capazes de aceitar esse fato com flexibilidade, e aprender com a experiência.

Palestras: 071, 077, 090

071: REALIDADE E ILUSÃO
077: AUTOCONFIANÇA: SUA VERDADEIRA ORIGEM E O QUÊ A PROÍBE
090: MORALIZAÇÃO - REAÇÕES DESPROPORCIONAIS - NECESSIDADES

ABC

Sentença do Guia “A felicidade foi feita para todas as pessoas, mas é impossível atingi-la sem eliminar a causa da sua infelicidade, que são os seus defeitos, que é qualquer tendência que quebre uma lei espiritual.” P. 011