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Veja: Distorção, Sofrimento
Historicamente o cristianismo foi um impulso de fé que buscou se expandir e divulgar o que Cristo pregava. Nesse movimento, porém, a distorção levou-o a separar-se do judaísmo e criar uma imagem de massa que combina, de forma confusa, o Cristo amoroso, sábio e salvador com a aniquilação da pessoa, dos valores, energias e expressões humanas intrínsecas.
Uma criança não tem condições de deslindar a mistura de verdades e falsidades sobre Jesus Cristo. Assim, ela pode aceitar a totalidade do que lhe é transmitido e crescer com o conceito tradicional do que é ser cristão, tendo medo dos seus sentimentos, negando sua sexualidade e contendo a agressão identificada com o mal, tornando-se, portanto, um “cristão submisso”; ou pode se rebelar de forma aberta e consciente contra as restrições que seu ser sofre, tornando-se um “cristão rebelde”.
Estamos, portanto, diante de uma herança que reproduz, tanto no plano pessoal quanto no plano coletivo, uma imagem distorcida de Cristo e dos seus ensinamentos, e que, como todas as outras imagens, precisa ser dissolvida por um trabalho pessoal de enfrentar os equívocos que persistem em nós.