Perfeição
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Veja: Imortalidade, Onipotência

É um estado divino, cuja motivação é o amor. É o reconhecimento de que apenas no estado de amor puro a criação pode avançar, e o grande plano da evolução pode ser fomentado.

A perfeição é uma força viva, palpitante, que cura, cresce, cria, porque existe como um fim em si. Nesse estado, expressam-se constantemente diversas qualidades divinas, não apenas amor, verdade, justiça, beleza, mas também força criativa, vitalidade, muitas e muitas expressões do eu, da vida, alternando-se sempre com a finalidade profundamente arraigada de espalhar a realidade divina por todo o vazio.

O conceito consciente e inconsciente do homem acerca de uma vida alegre em geral está ligado a uma vida perfeita. Mas ele não pode usufruir da vida, sendo imperfeito como seus vizinhos, sendo sua situação de vida e seus relacionamentos imperfeitos. Este é um dos maiores conflitos e confusões interiores. É um equívoco. Intelectualmente, sabemos que não existe perfeição. É por isso que sempre reprimimos nossas reações a uma situação imperfeita - e esta repressão faz com que o conflito e a confusão a este respeito aumentem em vez de diminuir.

No entanto, quanto mais aceitarmos a imperfeição, mais alegria poderemos dar e receber. Nossa capacidade de sentir felicidade depende de nossa capacidade de aceitar a imperfeição, não em palavras ou teorias, mas na nossa experiência emocional. Somente aceitando a própria imperfeição pode-se começar a crescer e a experienciar a alegria, a partir da própria individualidade. Apenas aceitando um relacionamento imperfeito – e isto de maneira alguma implica submissão doentia que nasce do medo da perda ou da desaprovação – é que se poderá receber e dar alegria nesse relacionamento.

Por outro lado, de acordo com a natureza, o homem deve funcionar aos olhos da perfeição, isto é, de acordo com suas possibilidades e potencialidades. Assim, concomitantemente à sua vida física, sua vida mental e emocional deve funcionar voltada para a perfeição. Quando o homem percebe esse nível original, ele está “em casa”. Atinge aquilo, em seu íntimo, que pode lhe trazer o que a vida deve cumprir para ele e o que está destinado a cumprir na vida – pois as duas coisas são uma só.

A primeira condição para voltar a esse estado original de perfeição é saber que esse nível está intacto em nosso interior, precisando apenas ser ativado pela consciência. Esse conhecimento precisa ser cultivado. Muitas vezes o homem não quer nem mesmo admitir tal possibilidade, pois ela revela quando e como o homem infringiu as leis envolvidas e quando e como precisa corrigir a situação.

Todo esforço precisa ser dirigido para expressar a volta à perfeição, por meio da decisão essencial de renunciar à destrutividade. Quando abrimos mão e nos entregamos à corrente da vida, à realidade cósmica do ser, nosso ego não deixa de existir. Ele passa a ser verdadeiramente uma parte descontraída da consciência maior dentro de nós. Isso significará a confiança em nós mesmos, que jamais conhecemos. Isto é uma entrega pessoal. Esse é o ato final necessário.

Palestras: 097, 141, 234

097: O PERFECCIONISMO IMPEDE A FELICIDADE; MANIPULAÇÃO DE EMOÇÕES
141: A VOLTA AO NÍVEL ORIGINAL DE PERFEIÇÃO
234: PERFEIÇÃO, IMORTALIDADE E ONIPOTÊNCIA

ABC

Sentença do Guia “Pois bem, como pode ser ativado o eu interior? Ele não se ativa sozinho, pois reage apenas à consciência. Toda a consciência de vocês (exterior e interior) tem o poder de dirigir esse ser interior, com todos os seus maravilhosos recursos, sua inteligência e seu poder.” P. 134