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Veja: Culpa, Negatividade
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É explicitamente a intenção de manter o estado de negar a vida e o eu. Ela machuca e priva. É uma atitude que expressa não querer dar, amar, contribuir, buscar, receber, viver bem e proveitosamente.
Reconhecer a intencionalidade negativa é reconhecer, em nível profundo, que somos responsáveis pelo destino que criamos como resultado de nossas escolhas. E escolha implica a possibilidade de adotar outra atitude.
Uma das dificuldades de transformar a intencionalidade negativa em positiva é que, secretamente, o eu se identifica quase totalmente com a parte destrutiva. Assim, renunciar a ela parece um perigo iminente, uma autodestruição.
O processo de mudança de direção da intencionalidade exige:
a)perceber que nossa intencionalidade negativa não é realmente inconsciente na acepção estrita da palavra, o que exige que examinemos com cuidado padrões de pensamento e reações cotidianos;
b)admitir nossas atitudes mesquinhas, irrealistas, destrutivas;
c)saber por que e como elas são assim, de que maneira distorcem a verdade.
Quando lançamos luz sobre nossas exigências irracionais, a verdade acaba aparecendo e a vigilância precisa ser constante, porque toda verdade pode ser posta a serviço de uma distorção. Quando alcançamos a intencionalidade positiva, somos capazes de ser receptivos, já que negatividade e receptividade se excluem mutuamente.
Não podemos também nos iludir sobre os efeitos da nossa intencionalidade negativa sobre os outros. Ela existe e é de nossa responsabilidade.