É um termo amplo que abrange falhas, hostilidade, realidade distorcida, inveja, ódio, medo, orgulho, raiva, etc... É diferente de intencionalidade negativa, quando há intenção deliberada de negar a vida e o eu.

Ao admitirmos a própria negatividade e nos apropriarmos dela ganhamos um novo insight sobre o nosso comportamento e o de outras pessoas. Essa qualidade nos capacitará, a saber, o que está acontecendo dentro delas, mesmo quando elas não o admitem. Logo, seu reconhecimento nos desengancha primeiro pelo autoconhecimento e, em seguida, pela habilidade de ver e compreender as intenções negativas e as projeções desonestas do outro.

Quando essa habilidade cresce organicamente como produto do próprio conhecimento interno não será usado com abuso a serviço da negatividade ou da necessidade de poder.

A negatividade só pode ser desejada por uma parte da personalidade. Aceitar que isso ocorre sem fatalismo, autoindulgência e de um modo objetivo é o primeiro passo. O segundo passo é admitir o fascínio pela criação negativa. O terceiro passo é conectar a negatividade aos efeitos indesejados que produz em nossa vida e na dos outros, acarretando dor.

A evolução humana descreve uma curva de desenvolvimento da manifestação da negatividade até o passo seguinte que é a contenção. Isso leva à repressão. O passo seguinte é tornar consciente, mas não mais manifestar a negatividade. Apenas depois disso é possível transformar as energias e sentimentos envolvidos com atitudes negativas em atitudes positivas.

Vários aspectos da negatividade são tratados nas palestras: aderência da negatividade à força de vida e ao princípio do prazer (135); interação psíquica de negatividade (202); relação da negatividade com o pessimismo (236); com a positividade (148 e 187); medo da negatividade (136); negatividade na interação (202) e nos padrões de relacionamento (140); nas atitudes ligadas à sexualidade (207); efeitos da negatividade na psique (138); atitude de manter escondida a negatividade (176); processo de sua conscientização e da tomada de responsabilidade sobre ela (140, 166, 199); superação da negatividade (176); negatividade como gabarito de honestidade (200); relação da negatividade com a baixa autoestima (174).