Autoafirmação
Recomende:

Veja: Substituição, Unilateralidade compulsiva

É uma necessidade que se associa a outras (necessidade de ganhar a vida; de realização criativa; de gratificação do ego e autoestima; de assumir responsabilidade e enfrentar os desafios; de prazer da realização; de interação e cooperação) dentro da questão da autoexpressão vocacional.

Em sua versão positiva busca formas legítimas de afirmar nossa presença na vida. Pode, no entanto, ser distorcida através de uma unilateralidade oculta que muitas vezes gera uma unilateralidade flagrante no extremo oposto. Essa forma de substituir uma necessidade ou emoção não aprovadas por seu oposto é muito comum e está na raiz de muitos conflitos que, apesar de vários reconhecimentos, não se desfazem.

Exemplo: vamos supor que um homem se sinta culpado por expressar sua agressividade masculina, saudável, confundindo-a com a agressividade doentia, hostil. Ele se coloca no seguinte apuro e conflito: desiste de expressar sua necessidade natural de autoafirmação masculina, por causa da confusão que faz com que ela pareça errada. Consequentemente, ele se emascula.

Sua fraqueza provoca desprezo por si mesmo e ressentimento em relação aos outros, aos quais ele culpa pelos resultados desagradáveis de sua fraqueza. Ou então ele expressa a agressividade, e como acha vagamente que isso é “não amável” ou “não espiritual”, oscila.

Essa oscilação, por si mesma, torna problemática a expressão da autoafirmação, da independência, da agressividade natural saudável, porque sua própria atitude a esse respeito é incerta, consciente ou inconscientemente. Além disso, seu ressentimento – o resultado da supressão de sua agressividade natural – passa a se misturar com a confusão, pois ele já não expressa sua faceta saudável, e sim uma versão negativa dela.

Palestra: 121

121: DESLOCAMENTO,SUBSTITUIÇÃO, SOBREPOSIÇÃO

ABC

Sentença do Guia “A vida envia um chamado; ela faz uma exigência a cada indivíduo. A maioria das pessoas sentem esse chamado. Apenas à medida que se torna consciente das suas próprias ilusões é que você pode simultaneamente tornar-se mais consciente da verdade que está dentro de você mesmo e, portanto, da vida.” P. 145