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Veja: Amor, Autorrespeito
É uma dor que não queremos sentir.
Acreditamos que o ódio por nós mesmos é justificado. Essa dor, que consideramos intolerável, contém, de um lado, a nossa incapacidade de perdoar e, de outro, o mimo de nós mesmos, cultivado pela satisfação dos próprios desejos e pela negação do Eu Inferior. Essa postura é encharcada por pensamentos repetidos que criam confusão e sofrimento, fomentando o ódio. Ele está sempre relacionado ao medo da punição, ao medo da morte e à desintegração da estrutura celular.
Oscilamos entre o ódio consciente pelo eu e o ódio pelos outros, situação que provoca muito sofrimento. A visão que temos de nós mesmos e dos outros é sempre um pouco distorcida.
Vivemos num tumulto interior devido às tentativas frenéticas de ocultar o ódio que sentimos por nós mesmos. Quanto mais fazemos isso, mais a nossa parte equivocada acredita que esse é o meio de alcançar o amor próprio, a autoestima.
Nossa consciência será verdadeira, nítida, clara e sem culpa quando abandonarmos essa falsa solução. Ela virá quando nos esforçarmos arduamente para encontrar um equilíbrio verdadeiro entre encarar o Eu Inferior com honestidade e, não apesar dessa descoberta, mas por causa dela, amar e respeitar mais a nós mesmos.